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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
A minha vizinha de cima chora. Chora muito e hoje chora e berra. Não é a primeira vez nem será a última, mas tem o condão de me pôr a pensar sobre o papel dos vizinhos.
Já muitas vezes, como agora, me apetece ir lá tocar-lhe à campainha e oferecer-lhe um abraço ou uma estalada, dependendo do grau de histeria (hoje, era uma estalada). O problema é que não faço ideia de como seria recebida.
Depois, fico a pensar que um dia, eu vou ser aquela vizinha que ouvia os gritos e não fez nada, a falar para a televisão, aquela vizinha que os telespectadores vão logo apelidar de insensível, no dia em que ela for encontrada morta na banheira.
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