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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Ontem, foi dia de consulta de psicologia de uma e reunião de pais de outra.
Da consulta ficou algo que ainda não consigo classificar. Um misto de cepticismo com preocupação. Não conheço os "instrumentos" usados pela psicóloga que a levaram, após 45 mns de conversa e jogos com a Gr., a afirmar que a miúda precisa de ser "ajudada" em três áreas de desenvolvimento. Que a minha filha tem problemas na área social não é novidade, mas o resto deixa-me de pé atrás.
Tenho andado "pensativa". Será que foi alguma coisa que não fiz ou fiz no tempo errado, será que temos tido com elas as posturas corretas, será que somos nós o obstáculo ao desenvolvimento? Acho que é aqui que mais sentimos o peso da paternidade! tanta culpa, que vou tentando relativizar...
Da reunião, uma caldeirada de emoções tão bem camufladas...
Passei-me logo quando vi no quadro as percentagens dos critérios de avaliação. Eu nem sei explicar porquê. Aquilo incomodou-me.
Depois, só pensava na maratona que os putos têm feito e vão continuar a fazer até ao natal. A Mr. reconhece muito bem as letras que já aprendeu, mas tem dificuldade em juntar os sons, tal como grande parte dos miúdos da turma, segundo percebi em troca de ideias com algumas mães (andamos todas a trocar ideias umas com as outras).Ou seja, reconhece as letras p. a. i. mas não consegue ler a palavra pai.
Indepentemente dessa "dificuldade" partilhada com os colegas, continua a copiar/ escrever frases magníficas como "É o popó da Pipi."ou "a tia tem um totó."
A professora acentuou a necessidade de, em casa, os pais trabalharem com as crianças nas suas dificuldades, mas da minha cabeça não saía uma coisa dita pelo meu pai, neste fim de semana: isto de os pais se armarem em professores...
E, para mim, a questão é essa: eu não sou a professora da minha filha! nem quero ser.
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