Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Aqui há uns 15 dias candidatei-me a uma oferta de escola em Cinfães. O processo esteve na primeira semana em concurso (normal) e na segunda em análise (normal). Hoje de manhã continuava em análise. Às 13h tinha desaparecido (anormal, ou eu estou louca e pensava que tinha concorrido e afinal não).
Cheia de vergonha, afinal podia estar louca, liguei para a escola para saber notícias da oferta. Passam-me a chamada e diz o sr que atendeu: tem tempo de me ouvir?
Pois, resumindo, a DGRHE ordenou o destacamento da pessoa que estava com esse horário e agora desordenou-o. Oferta deixa de existir, logo desparece do sistema, onde estava há 15 dias.
É assim que se trabalha nos recursos humanos da educação.
Quando uma das miúdas fica doente, pomos os remédios no camiseiro do quarto delas, é acessível para lhos darmos a meio da noite e quando é hora, mas elas não lhes chegam. Invariavelmente, depois, quando elas já estão boas, os remédios acabam por ficar por lá até que decido arrumá-los no sítio certo. No dia seguinte, uma delas ou as duas, fica doente outra vez.
Foi o que aconteceu. Na sexta arrumei tudo, hoje as gajas estão doentes!
O mesmo acontece quando resolvo guardar o guarda-chuva após vários meses sem chover, no dia seguinte chove; quando tiro a roupa quente da cama porque parece que já não se justifica, no dia seguinte o frio volta, e um sem número de outras coisas. As leis de Murphy não falham!
Gosto muito quando da escola da Mr. vêm trabalhos para fazermos em família!
Tento reunir as hostes, que começam à porrada, grito e pancada, ligo o youtube e tento cativar a Mr. para o trabalho, esperando que a Gr. se distraia com uma música qualquer.
Entretanto, uma rouba-me a cola, a outra devia estar a fazer bolas de papel e está agarrada à tesoura a ver se corta os dedos.
Pego no material todo, subo o som do que sai do youtube, fecho-me na cozinha e faço tudo sozinha!
Não quero um novo amor. Não quero mais carnaval.
Quero conseguir pensar que não estou mal.
Quero conseguir pensar que algo novo há-de chegar, não sob a forma de uma pessoa, não um novo amor literal, mas uma forma diferente e positiva de encarar a situação em que me encontro, de explorar as possibilidades que ela me oferece, uma maneira de encontrar o meu carnaval.
Quero e dizem que querer é poder. Tão cliché.....
A Mr. tomou contacto com o primo Diogo nestas férias de verão. Queriam estar sempre juntos, mas passavam o tempo à batatada (típico)!
Após as férias, há cerca de um mesito, fomos à Linha visitar o primo.
De vez em quando, fala dele e já ouvimos pérolas como:
"Quando tiver asas e souber voar, vou a casa do Diogo."
Mas a melhor foi ontem:
"Mãe, o Diogo sabe o caminho para nossa casa?"
E um minuto depois:
"Mãe, quem é o Diogo?"
Deve ser o que se chama paragem cerebral.
Vim morar para uma terra onde os autóctenes dizem de si próprios: "antes ladrão do que parecer pobre!"
Quando vou buscar a Mr. à escola, os miúdos andam todos artilhados, marcas da cabeça aos pés. Pergunto-me como será daqui a uns anos, quando ela começar a notar essas coisas.
Se ela sair à mãe não andará atrás da manada.
Passei a manhã no centro de emprego.
segundo a legislação, o cumprimento da obrigação inicia-se a partir da data de concessão das prestações de desemprego.
Abreviando: tenho de fazer a pôrra das comparências quinzenais, porque se o sub. for concedido a data de concessão é a data em que foi pedido!
Abreviando: antes de saber se recebo ou não, tenho de as fazer. Saí de lá com a ideia de que não terei direito a nada, ideia esta que já vem crescendo.
Segundo o que a técnica diz, o desempregado candidata-se a um subsídio. Cabe à SS determinar qual deles vamos receber. Para ter direito ao de desemprego há que ter X dias de descontos, trabalhando por conta de outrém.
FUI, não tenho, dado que trabalhei quase sempre como independente.
Tem direito a sub. social quem não tiver rendimentos superiores a X.
FUI, porque o M. recebe como professor com 7 anos de tempo de serviço.
Fui-me a dormir!
Temos a acrescentar novas palavras no que diz respeito à alimentação, que até aqui se resumia a alguma fruta, pão e pêxe. Assim:
agôz (arroz),
batata banana (a banana foi promovida, subiu de patente, sei lá)
eite (leite)
sazaco (casaco) e a esta hora da noite não me recordo de mais.
O que é mesmo de salientar são as frases que já diz:
maish áuguia, ou maish agôz;
natuna não, eite;
papa tu ( ao contrário do que parece não me está a mandar comer a mim, é a forma de dizer que quer comer sozinha, de tantas vezes que eu lhe disse "papa tu"); senta menina, pachiá menina...
Percebe frases como: vamos tomar banho ou lavar os dentes. Corre para a casa de banho, onde sabe que todos menos ela fazem xixi e outras coisas.
No outro dia viu-me sair do banho e com o dedo espetado ouço-a dizer: pipi, pipi!
Agora parece mais interessada na comida que nos vê comer e já lhe consigo dar o segundo prato, embora vá parar quase tudo ao chão.
A Mr. mantém as birras de fim de tarde. O facto de estarem a aparecer as iluminações e decorações de natal vai sendo motivo para distração e quebrar o ciclo que me deixa sem paciência e, assumo, sem capacidade para lidar com ela como devia.
E nem um bocadinho de café por casa.....
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.