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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Era tão macho, tão macho que as mãos estavam sempre a segurar as partes, não fossem elas sairem do sítio. O macho que desde miúdo esticava o dedo e pedia a alguém que o puxasse, após o que soltava uma sonora ventosidade.
Tão macho, tão macho que não havia mulher para ele. À primeira namorada a sério, já de casamento marcado, teve de dar um "pontapé no rabo" porque a rapariga ficou muito incomodada quando ele comprou uma casa para morarem os dois sem lhe dar cavaco a ela.
Começou a ver com outros olhos uma amiga da irmã, que já conhecia há anos e viveram os primeiros tempos de namoro à distância, ele nas serranias, ela no Minho. Era perfeita, tão perfeita que hoje é ele que cozinha, limpa, arruma e muda a fralda à filha terrorista.
Ele é tão macho, tão macho e ela tão mais inteligente que a maioria das mulheres que nem dá para acreditar.
Viemos para Belmonte. Hoje de manhã, agarrei nas miúdas e viemos por aí abaixo.
Depois de um almoço bem constituído (obrigado, tio P., Cat, fizeste falta, embora estivéssemos apertados à mesa) viemos para casa. Dormi a sesta e as miúdas andaram aí a desarrumar.
Depois da sesta, eu e o meu pai fomos dar uma volta, fizemos o tour do minifúndio: vamos andando de carro, pela aldeia acima, e o meu pai vai dizendo - olha, ali para cima temos um terreno, só não temos a certeza onde.
Mais à frente: - olha, ali para cima temos outro terreno, só não temos a certeza onde.
E isto repete-se. E eu volto a lembrar-me de que quando herdar, eu e os meus irmãos somos latifundiáros, perdão, minifundiários. Isto se algum dia descobrirmos o sitio exato dos terrenos!
Oh senhores do Sapo.... então?
Porque é que o Blog do caixote está para ali escarrapachado na página inicial dos vossos blogs, ah? Ah?
Ainda por cima, no meio dos outros e sem direito a tesoura nos contornos!
Depois, as pessoas vêm aqui, na expetativa de ler alguma coisa de jeito e levam com um post sobre uma mãe disfuncional, que não sabe exercer disciplina e permite que a filha morda bolacha atrás de bolacha, suje a casa toda e sei lá mais o quê! E agora? vou ter de deitar as bolachas fora, já não tenho coragem de as guardar!
Não tomou o pequeno almoço; não queria sair da cadeira; tive de a levar sentada para a porta do quarto, na hora de vestir a mr.; tive de lutar com ela para lhe vestir o casaco e ficou a ver se conseguia arrancar uma manga; tive de lutar com ela para a tirar da cadeira e depois levar para o carro e pô-la na cadeira do carro duas vezes (à partida e à chegada).
Agora, anda a espalhar bolachas pela casa toda. Primeiro trouxe-as para a sala, foi mordendo uma pontinha a cada uma e, uma a uma, pousou-as no sofá.
Quando tentei arrumá-las, veio defendê-las com unhas e dentes e, finalmente, não satisfeita, está a levá-las, uma a uma, para diferentes cantos da sala e eu a ver.
Isto para já não falar nos lápis de cor, espalhados.
Vou ver tudo isto como instalações artistícas e pensar que tenho uma filha genial, que brevemente fará exposições em Serralves e no museu Berardo.
por terem trazido para cá a exposição de dinossauros. Qualquer birra que venha connosco no carro, à vinda para casa, desparece quando aquele dinossauro gigante que está no parque de estacionamento aparece!
- Dinossauro! grita a mr.
- Nhinhossáuo! grita a gr.
E pronto, birra esfuma-se.
Obrigada!
A equacionar o fecho do sítio, mas enquanto fecho e não fecho aproveito para registar mais algumas coisas ligadas à minha mais pequena.
Anda aqui na sala, do alto dos seus dois anos, com bolacha maria na mão, várias. Pô-las dentro de uma panela de brincar, pousou tudo em cima da mesa, deu umas voltas e agora está sentada, como se estivesse a fazer uma refeição. Está novamente constipada e de vez em quando leva a mão ao nariz, trazendo uma quantidade substancial de ranhoca (nhanhoca).
É giro vê-la a brincar ao faz de conta.
Há cerca de meia hora pediu-me ajuda para tirar as calças e a fralda, dirigiu-se à casa de banho e disse que ia fazer xixi. Sentou-se no "macio", como ela lhe chama, e não é que fez mesmo! Costuma fazer isto muitas vezes, hoje acertou no timing.
Em conversa telefónica com a X. dou-me conta de como todas nós como mães de primeira viagem somos umas coninhas, em maior ou menor grau, mas coninhas sim senhora.
O bebé não pode chorar nem choramingar. Somos imediatamente impelidas a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para o fazer parar.
O bebé não mama como deve ser. Lemos tudo e mais alguma coisa, tentamos fazer o bebé comer mais.
O bebé mama de mais, bolsa muito. Ai, que não sei que faço.
Os peitos estão cheios de mais, doem como o caraças. Estão mais vazios, ai meus deus que vou ficar sem leite.
O bebé não passa o dia a dormir, desdobramo-nos em centenas de técnicas para ver se o adormecemos, enquanto vemos a roupa para lavar e passar crescer, a loiça para meter na máquina encher a banca, o pó a instalar-se e fossilizar nos móveis e stressamos porque queríamos descansar ou arrumar, nem sabemos muito bem.
O bebé tem cólicas e a partir das cinco da tarde não pára de berrar e, como temos pena do gajo que chegou a casa porque esteve a trabalhar, embalamos o bebé, tentamos fazer o jantar e a cama ao mesmo tempo e somos incapazes de o depositar no gajo, que o ature um bocado que também tem direito ou dever (depende da perspetiva).
Temos sono e andamos cansadas, mortas, aborrecidas, fodidas com a vida e, mesmo tendo a nossa mãe por perto, não somos capazes de deixar a criança por meia hora para ir espairecer.
Depois, o tempo passou, não demos conta e não vivemos com a intensidade que vem nos livros os primeiros meses maravilhosos do bebé!
Eu também fui assim.
Eu:
pego no pão, parto o pão, vou buscar sacos de congelação e enfio o pão como der para enfiar, gastando dois sacos.
Ele:
pega no saco de congelação, mede saco, pega no pão, mede pão. Parte pão e enfia-o milimetricamente num só saco.
Estiveram por cá os primos P. e R. e o filho de três anos, o D.
A Mr. a Gr. e o D. fartaram-se de brincar e de discutir também. É incrível como um brinquedo nas mãos de um desperta imediatamente o interesse do outro, este fim de semana das outras duas crianças. Discutiram e lutaram pelos mesmos beyblades, pelos gormitis, até pelos mesmos tachos e panelas de brincar.
Passeámos pela Batalha, por Alcobaça e à noite as duas mães foram beber um gin e os pais ficaram a fazer babysitting.
A noite foi uma "alegria". Os mais velhos dormiram no mesmo quarto, a Gr. no nosso meio.
A meio da noite, estando eu a agarrar a Gr., que gosta de se arrastar pela cama toda e dormir com a cabeça pendurada, ouço uns passitos em pézinhos de lã. Eram os outros dois. O D. acordou, acordou a Mr., ajudou-a a sair da cama de grades e vieram à procura dos pais. Lá fui eu levar o puto e tive de me deitar com a Mr. até ela voltar a adormecer. Voltei para a cama e dediquei-me novamente a evitar a queda eminente da mais nova.
Lavantámos-nos como se tivéssemos levado porrada a noite toda.
Aproveitámos o dia de verão e fizemo-nos à estrada. Fizemos um pic nic na serra dos Candeeiros e andámos a ver as vistas. Terminámos a tarde num parque, a andar de baloiços e de escorrega.
Agora, às 22.23 a Mr. já dorme, a Gr. que não dormiu a sesta, anda aqui, à minha volta e nada interessada em dormir.
Arre! Mas será que só sabemos fazer filhas que não gostam de dormir?
De manhã:
- Mãe, não quero essas sapatilhas. Quero as outras que correm melhor! (Ah?!)
Mãe procura pela casa toda as sapatilhas que correm melhor. Mãe não encontra, regressa ao quarto.
- Calça estas, que correm tanto, tanto, que vais voar.
- Até ao céu, mãe?
- Até ao céu!
- Como?
- Eu ponho uns foguetões, vais ver! Vais até ao espaço.
- Está bem! Ih! que fixe!
À tarde:
filha vem ter com a mãe, com um ar amuado estampado na cara.
- que foi, linda? que cara é essa?
- não voei! Não fui ao espaço!
- glup
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