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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Já aqui disse que a minha mais nova tem tendências artisticas. Há sempre imensas instalações que tenho de desmontar à medida que o dia decorre. Quanto às pinturas, não posso fazer nada, pois não me vou pôr a pintar paredes a torto e a direito.
Agora, as duas descobriram a fita cola.
Tenho fita cola nas gavetas, na roupa, no chão, nas paredes, nos brinquedos...
No faroeste há rolos de vegetação seca a passar com o vento, na minha casa há rolinhos de fita cola que se colam aos pés quando andamos.
Costuma dizer-se "amor a quanto obrigas."
Hoje, eu digo: trabalho a quanto obrigas, pois dei por mim a comprar um chapéu de bruxa e um colar com um mocho para usar por motivos profissionais. Tão feliz que eu me sinto.
Descobri a maneira de ter a Mr. quieta durante meia hora: verniz nas unhas (daquele que só dá brilho). "Agora só te podes mexer quando o verniz secar, ok? "
"Já secou, mãe?"
"Não, ainda não."
"Já secou mãe?"
"Não, ainda não."
A Mr. aprendeu a assobiar. Parece que tenho um trolha em casa. Arre!
Ontem, no meu primeiro dia de trabalho num centro de estudos/depósito de miúdos e graúdos, filhos de pais obrigados a trabalhar até às tantas para sobreviver, enquanto observava o reboliço, fui pensando nestes pais e nestes filhos que estamos a criar, que este país está a criar e o medo e a deseperança voltaram. Há miúdos e miúdas que têm naquele sítio a segunda casa, que estão ali desde que saem da escola até às oito da noite, todos os dias.
E pensei que principalmente os mais velhos são cada vez mais filhos da escola, filhos dos amigos e das namoradas, filhos da música que ouvem, filhos dos programas da Tv e do youtube, são cada vez mais filhos de tudo e menos filhos da mãe e do pai.
Duas filhas, ambas teimosas.
Uma teimosia chata, que me dá cabo da paciência, mas que se revela de forma completamente diferente.
A Mr. , quando decide que quer uma coisa, é uma chaga, daquelas que mói, mói, mas mói, chora e só se cala quando lhe oferecem alternativa válida. Por exemplo, pede para ver um DVD e, mesmo ouvindo sempre não, continua a pedir, segue-nos pela casa, argumenta - "mas..." e reargumenta e só pára para chorar e amuar ou quando oferecemos um substituto, como brincarmos com ela, ainda que haja uma catrefada de coisas para fazer e depois jantemos às nove da noite.
A Gr. também faz uso deste expediente, mas recorre mais ao empreendedorismo. A Mr. argumenta, a Gr. age.
Perante a resposta "não, não vais ver nenhum DVD", primeiro atira-se para o chão aos guinchos, depois vou encontrá-la agarrada a um DVD qualquer, com os comandos na mão, tentando pôr ela mesma o DVD a funcionar.
Vou fazer o que sugerem os pedagogos e encarar esta teimosia como persistência e esperar que no futuro uma atinja os seus objetivos pela dialética e a outra pela ação (que feio escrito assim).
Porque é que os blogs masculinos mais badalados parecem escritos por mulheres?
Tão sensíveis e atentos às necessidades da mulher, tão interessados no que é fashion, em culinária gourmet, na opinião que os outros, especialmente as mulheres, têm deles, tão auto reflexivos e tão gays!
Estou-me marimbando para a possibilidade de me verem como homofóbica, porque não sou.
Ontem à noite, Mr. sai de casa da prima com um chapéu de festa de anos (aqueles bicudos).
A mãe, que é a coisinha mai linda e simpática diz-lhe, em tom de brincadeira, claro, "pareces uma bruxa."
A irmã mais nova ouve o reparo e repete-o umas três ou quatro vezes: "paeces uma buxa." "Paeces uma buxa."
A mais velha, indignada, responde que não parece nada.
A mãe pede à mais nova para parar.
A mais nova, com ar dengoso e safado, manipuladora de quatro costados, diz então: "paeces uma pinceza!"
... telefona-me às dez da manhã e pergunta se eu estava a dormir, telefona ao meio dia e pergunta se eu estava a dormir, às duas da tarde idem... Não sei o que é que pensa que é a minha vida.
Se hoje me tivesse telefonado às 10.30 eu teria dito que sim, estava a dormir, ainda por cima no carro, dentro da garagem.
Estou um pouquinho cansada!
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