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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Vou para o norte. Sem internet.
Boa Páscoa.
Já fizemos biscoitos da páscoa (os do Abilinho, para mim. Devo ser a única pessoa a chamar-lhes assim, porque quando eu era miúda era um senhor chamado Abilinho que os fazia e é desses que me apetece comer), já jogámos à bola, foram ver as galinhas, andámos de trotinete, lanchámos os biscoitos com chá e pão com manteiga, vimos fotografias e vídeos de quando eram bebés, tomámos banho e agora sim, renderam-se à porcaria do canal panda, enquanto faço o jantar com a minha mãe.
São assim os nossos dias em Belmonte, com o avô, a avó e os tios P. e D.
qual carapuça! A da mãe bate a original aos pontos.
Esta primavera está esquisita. Dixit Mr.
Eu corroboro.
Escrever isto assim:
"Eu na cozinha a ouvir Seu Jorge e ele na outra ponta da casa a ouvir Damien Rice."
Passa alguma ideia subliminar?
Façam favor de dizer.
Creio que o facto de as minhas flores preferidas serem as papoilas diz tudo sobre a minha relação com plantas.
Ramos e arranjos dizem-me pouco, já um campo repleto de malmequeres e papoilas deixa-me embevecida. Passo a primavera embevecida.
E os pés começam a aquecer.
O teu chorinho, com pernas cá fora e cabeça lá dentro, fez toda a equipa médica rir-se.
Eu lembro-me que fiz por rir. Estava nervosa de mais. Era a primeira vez que assistia a mim própria a dar à luz, com baixas de tensão, perna aberta… (eu queria escrever uma coisa bonita, mas já comecei a descambar), gente de mais à minha volta, frio…
Dizia eu, o teu chorinho ainda dentro de mim foi a primeira coisa que de ti me chegou. Depois encostaram-te ao meu nariz e eu cheirei-te e vi-te. Feiinha, pensei e disse alto sem dar conta. Qual feia, mãe! É linda, a sua filha é linda!
E levaram-te. Voltei a ver-te uma horita mais tarde e passámos a noite juntas. Tu mamaste de duas em duas horas e deixaste-me ver como iam ser os próximos anos.
E hoje fazes três anos.
Três anos que passámos muito juntas. Não sei como seria não te ter, a ti e à Mr.
Não sei como seria não vos ver juntas.
Olho para ti tão crescida, e, mesmo assim, apetece-me fechar-te nos meus braços e embalar-te como fazia quando eras pequenina, mas não sinto o que sentia quando olhava para a Mr a crescer: pena que não sejas só minha.
Porque a Mr. me ensinou que vocês serão sempre minhas, tal como hoje eu sei que serei sempre da minha mãe (vocês assim me ensinaram).
Mr., porque é que o pai é fixe?
Faz-me cócegas
Deixa-me ver filmes e outras vezes não me deixa
Brinca comigo
Quando o chamo ele vem ter comigo para ver o que se passa
Ele consegue andar de skate
Agora já chega.
Porque gostas do pai?
Ele deixa-me ver filmes. (não vou fazer comentários... apetece-me, mas não vou.)
Gr.
O pai é fixe? sim.
Porquê?
Porque é.
Gostas do pai?
Sim.
Nesta casa, mora o melhor pai do mundo. Porque foi o pai que escolhi para as minhas filhas.
No meu coração mora o meu pai, que é o melhor pai do mundo para esta filha que escreve.
Não, não quero um vestido novo.
Quero um bom tintol!
Esta cena no Chipre pode bem ser o início do fim.
A malta vai toda levantar o dinheiro que tem no banco, o banco vai à falência, o dinheiro deixa de valer coisa alguma e os cabrões dos mercados vão para a puta que os pariu!
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