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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
"Toda a gente precisa de pipi, ninguém precisa de pilinha."
outra caixa de cerejas.
O habitante da Batalha não cede passagem a automobilistas que saem de parques,
não agradece quando algum automobilista lhe cede passagem,
não pára nos stops,
não dá piscas,
deve dinheiro a toda a gente, mas está na boa, porque toda a gente lhe deve dinheiro também.
Eu cresço (em idade) e cada vez percebo menos da vida e das pessoas.
Quando éramos miúdos, regra geral, brincávamos em regime de separação: rapazes com bola para um lado, raparigas com bonecas, tachinhos, lacinhos, ou até nada, para outro.
Hoje, faz-se um jantar com homens e mulheres e tudo continua na mesma: rapazes com cerveja na mão para um lado, raparigas para outro.
Como é que se estabelece uma relação duradoura entre seres tão diferentes?
Tenho a ligeira impressão de que há senhoras que criam blogs de receitas, com as receitas truncadas, para se divertirem.
Qual massa quebrada sempre no ponto, qual carapuça!
Vai sair uma bela tarte, vai!
Impossibilitada de tomar grandes decisões, alteradoras de vida, (não me apetece fazer grandes reflexões) limito-me decidir pequenino: hoje, vou limpar as gavetas e o exaustor.
Hoje, vou passar a tarde de perna ao léu, na varanda, com o livro que trouxe ontem da biblioteca (Zadie Smith).
...que vou (novamente) exigir pedir (por favor) que me sejam pagos os salários em atraso.
São muitos, vergonhosamente muitos.
Sinto vergonha por ter de pedir o que me é devido, vergonha por sentir vergonha, bem entendido,
vergonha pela entidade que não paga à cara podre e aparece vestida com peças que pagavam parte do que me é devido.
Não fosse eu estar em jejum (não dieta, jejum que é mais radical), alapava-me agora na varanda, a sentir o calor na carantonha, com uma cerveja à frente e um prato de amendoins, a fingir que estava numa esplanada, após um dia de praia. Era era.
"Era uma vez uma pinceza, muito uinda, muito uinda. E havia um cocodiuo, muito gande. Um cocodiuo. A pinceza estava no castelo. Veio o cucudiuo e comeu a pinceza toda! Vitóia vitóia, acabou-se a nossa históia."
Dúvidas e dúvidas enchem-me a cabeça. Estarei eu a desempenhar corretamente o meu papel de mãe, quando tenho uma filha mais nova que conta histórias destas?
O M., hoje, obrigou-me a ir comprar roupa.
O M. anda preocupado com tanta coisa ao mesmo tempo que não grava nada do que lhe digo na cabeça.
Ao ver o M. trabalhar em tanta coisa ao mesmo tempo e a procurar mais coisas para fazer, para ganhar dinheiro, ao ver o M. pegar em calças para eu experimentar apetecia-me rir e cantar isto:
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