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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
A blogosfera é engraçada!
Se formos aos blogues "certos" descobrimos uma data de feras. É assim como na vida. Na vida de quem tem vida fora de casa.
Quem não tem vida (pessoas como eu, destituídas de motivos que as levem a contactar com pessoas para além das de casa, caixas de supermercado e senhoras que trabalham na biblioteca da Batalha) diverte-se muito.
Quando estou com TPM, dou por mim a ouvir a banda sonora do Into the wild.
É de certeza o filme que mais me marcou. E é lixado, porque vejo-o, e li o livro, sob a perspetiva da mãe. A perspetiva é uma coisa tramada.
Aquele supervagabundo pode ter sido corajoso, mas foi também o maior egoísta que este mundo conheceu.
Como é que um gajo pode fazer uma coisa destas a uma mãe?
Por causa das putas das metas a atingir, os putos passam a corredores de maratonas.
Por causa das putas das metas, os professores são obrigados e despejar conteúdos como se não houvesse amanhã.
A Mr. traz para casa coisas que deviam ser feitas com calma, com a professora e com os colegas e não numa biblioteca pública, com a mãe.
A mãe devia ajudar, caso fosse necessário, a solidificar algumas questões, a incutir métodos de trabalho e de estudo.
As putas das metas, que fazem dos professores e putos corredores, só servem para criar debitadores de matérias, não ensinam a pensar, a refletir.
Às putas das metas só interessam resultados traduzidos por números.
E isso a mim não me interessa.
A miúda é teimosa e dona do seu nariz. Se não estiver para aí virada, só forçada faz o que se lhe pede.
A miúda, quando, cá em casa, não tem o que quer, bate. Descobrimos que reage melhor com a nossa ternura do que com a nossa fúria, mais facilmente se acalma e pede desculpa.
A miúda brinca muito bem sozinha, mas, cá em casa, também brinca bem com a irmã e com a vizinha; gosta de brincar com o pai e com a mãe, num mundo de fantasia.
Nem sempre conseguimos trazê-la para a realidade. É difícil sabermos por ela o que aconteceu na escola, com quem brincou, que atividades fez.
Na escola, para eleição do chefe de sala, todos os meninos votaram. A nossa miúda foi a única que se recusou a mencionar nomes. O único "voto em branco" foi dela.
Muito politicamente correta ou completamente a marimbar-se?
Não gosta de escola. Porque a Mr. já lá não está, porque o ideal seria estar em casa? Não sei, mas a miúda anda a preocupar-me.
Olha que te dou uma bola vermelha! Com ar desafiante e vexado, dentro da banheira. Era mais giro estar a brincar.
Mas eu não tenho sono e tenho fome.
Gr., onde vais? vou à cozinha, buscar coisas para comer.
Não vais nada, volta para a cama.
Deixa-me explicar-te: eu tenho fome. (quando devia estar a dormir)
Se não comes levas uma bola vermelha. Nâo, quero uma "boua cô de rosa", que é bem mais gira do que uma verde. (à mesa, durante o jantar)
Também quero fazer os trabalhos de casa.
Não posso ir para a "escoua". Estou "nuente" (cof cof) e tenho tosse.
faço o jantar enquanto cozinho o almoço. Ou será o contrário?
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