Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Pai: "o que vai ser o jantar?"
Mãe: "pizza."
Gr. "Pizza? vai ser pizza? Eu não queria zebra assada nem cavalo assado."
Nem sei que diga. Zebra e cavalo não fazem de certeza parte da ementa.
Frases que a Mr. adora escrever:
- O pai é totó.
- A mãe é pateta.
Cada vez estou mais convencida de que parte do insucesso escolar é resultado da desarticulação de métodos de trabalho entre os professores dos diferentes ciclos.
É ou não é uma reflexão excelente para "chapar" na prova de avaliação de docentes? Tem direitos de autor e são meus.
Comecei este ano letivo com esperança de que as coisas fossem correr melhor, com atitude diferente perante os miúdos, o que até agora tem resultado. No entanto, já estão a vir à tona os problemas de sempre. Agora, começo a pensar se os problemas não estarão nos meus métodos, mais adequados a alunos mais velhos.
Os miúdos não conseguem estar calados um minuto, exercícios numa folha sem desenhos são encarados como fichas de avaliação, não conseguem encarar o momento da correção de um trabalho como um momento de turma, em que se faz uma correção geral e, cada um no seu lugar, corrige o que fez de errado, têm necessidade de se levantar para mostrar o que fizeram, embora eu insista de vou de lugar em lugar confirmar, precisam de ver um "certo" desenhado no que fizeram bem, há os que pedem licença para afiar lápis, apanhar coisas que cairam, assoar o nariz etc, enquanto um colega fala ou mesmo a professora...
E o problema sou eu, que insisto em manter as mesmas abordagens.
Dia de são receber.
Recebi o ordenado. Iupi.
Olha, já desapareceu!
No grupo de teatro lá da terra faço de prostituta (e vidente).
No teatro da escolinha da Gr. faço de menino jeus.
O universo a tentar passar-me uma mensagem. Só não percebi qual.
Têm vindo parar aqui ao tasco pessoas que buscam blogs de putas ou blogs putas. Lamento o defraudar das expetativas.
As expetativas são lixadas, elas e a perspetiva.
"Vamos brincar às professoras."
Passa-me um computador de brincar estragado: "este é o teu migalhães." (delicioso)
Vai para junto do quadro de brincar e começa a aula.
"Vamos desenhar formas. Abram o migalhães. Vamos fazer um diagrama de vénerus com formas. Então é assim: aqui ficam as que não rebolam."
Faz um quadrado e um triângulo.
"Deste lado, as que rebolam". Faz um circulo e um cone (de gelado).
"No centro as que rebolam e as que não rebolam. Vá. Já está?"
Agora vamos escrever: "o pai é o Didi."
Vou deixar que seja a Mr. a fazer a prova de avaliação dos docentes na minha vez.
Já sei que não gostas de mim.
Tu não gostas de mim.
Tu gostas é da gr.
A Mr. vive o complexo de édipo rejeitando a ideia de que a mãe gosta dela. Não idolotra o pai acima de tudo, põe na mãe as culpas de tudo.
E, sabendo que faz parte, fazendo de conta que as frases me voam por cima da cabeça como um pardalito assustado, às vezes cansa.
Não sei para que me serve o feicebuque.
Vejo fotografias, leio frases bonitas, descubro receitas que alguém experimentou, partilho algumas coisas que acho giras ou informativas... mas não sei que faz verdadeiramente a X., não sei como se sente a Y., não sei por onde anda o Z.
Não sei para que o conservo.
Não voltarás a ver programas da manhã.
Agora, vai limpar as lágrimas e assoar o nariz.
Logo, quando as miúdas chegarem, estrafega-as de mimo e pronto.
Vá, vai à tua vida.
Ah, desliga lá a televisão.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.