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hoje

por blogdocaixote, em 30.01.14

Hoje é daqueles dias em que me ficava por aqui, por casa, embrulhada na manta cor de rosa, oferecida pela amália, agarrada ao livro que ando a ler.

Hoje, não fazia nada senão ler, dormir e comer.

Mas vou agarrar nos meus ossos e na minha carne, vou fotocopiar com o meu dinheiro as fichas para os putos e vou para a escola, fazer de conta que cada miúdo e miúda podia ser meu filho, para não estrangular nenhum, à medida que se vão levantando por tudo e por nada, interrompendo por tudo e por nada, não escutando nada.

 

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publicado às 12:33

processos de formação de palavras

por blogdocaixote, em 28.01.14

Da escola da Gr. veio a indicação para falarmos com a criança sobre lojas e produtos que cada loja vende, no seguimento de uma ida a um supermercado da vila.

Parece que as crianças não dominam o vocabulário "logístico" e há que iniciá-las no conhecimento de vocábulos como "padaria, peixaria, charcutaria" etc.

 

Segue-se a reprodução da conversa que tivemos no âmbito da temática:

 

Mãe - "Gr. vamos fazer aqui um trabalho de casa".(ela adora trabalhos de casa)

Gr. - "Sim, sim, trabalho de casa."

Mãe - "olha, vamos ver aqui estes desenhos. O que é isto e isto?"

Gr.- "um peixe e um pão."

Mãe - "Sim, é um peixe e um pão. Onde é que se vende o peixe?"

Gr. - "Não sei."

Mãe - "Na peixaria. E o pão, sabes?"

 

Gr., pensativa.... pensativa... - "sim, é na pãoxaria."

 

Quando partilhei esta conversa com a educadora, fiquei a saber que existem outros locais novos, para além da pãoxaria, cortesia da capacidade fantástica das crianças de fazer uso e abuso da vertente derivatória da nossa língua: carnaria é um desses locais.

 

 

 

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publicado às 13:24

fim de semana booommmm

por blogdocaixote, em 27.01.14

Neve, nevoeiro, vento e falta de roupa adequada não foram impedimento. Deslizámos colina abaixo, sobre neve branquinha e fofa.

Comprámos meias de lã 50% artesanais, sandes de presunto e queijo dito da serra, almoçámos no carro, fizemos bonecos de neve e regressámos a casa meios nús (eu sem botas, as miúdas sem calças e descalças).

 

Em casa, cheirava a bolo de chocolate acabado de fazer.

Depois, chegou o saco do pai natal, diretamente de Macau, cheio de coisas coloridas e "xailes".

 

No domingo, comemos uma bela feijoada e fomos digeri-la num passeio de jipe pelo meio do monte. Gritámos, demos cabeçadas e tivemos ataques de riso, tudo graças à "condução suave" do M. e do R.

 

O fds não teria sido o mesmo sem a Cat. Que bom que ela estava. Foi na mouche passarmos lá estes dias, antes de ela regressar ao oriente.

 

Hoje, a Mr. achou por bem levar o seu "xaile" para a escola.

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publicado às 10:53

vá para fora cá dentro

por blogdocaixote, em 24.01.14

Para compensar o facto de não termos ido a Belmonte nas férias de natal, lá vamos nós este fds, de malas cheias de casacos e gorros!

Planeamos subir à serra, se as estradas não estiverem cortadas, e comer uns nacos de neve.

 

Fixe fixe, era um diazito a esquiar. Será que é como andar de bicicleta?

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publicado às 10:08

o tempo a compasso do youtube

por blogdocaixote, em 22.01.14

São os álbuns inteiros de música que ouço no youtube que marcam a passagem do tempo das minhas manhãs.

Já ouvi o último dos Luminners todo, caramba! Já passou uma hora e ainda só arrumei quartos, estendi roupa e fiz sopa!

Caramba!

São os álbuns que marcam o silêncio, quando a música termina. Tudo se adensa à minha volta: as portas dos quartos fechadas para não sair o calor dos aquecedores, as janelas tintadas de cinza e de chuva, o estendal que abana, a ausência de idas e vindas.

 

Mais um ábum que termina.

 

 

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publicado às 11:12

do amor e das flores

por blogdocaixote, em 21.01.14

Não é adorável quando eles nos chegam a casa com uma planta num vaso e entregam a dita cuja dizendo qualquer coisa como "toma, o símbolo do nosso amor" ou "cuida bem dela, como cuidas do nosso amor".

É tão lindo!

 

Felizmente, o M. só me fez isso uma vez.

Pelo sim, pelo não, tenho regado a plantinha várias vezes.

 

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publicado às 14:43

Hoje deu-lhe para isto

por blogdocaixote, em 20.01.14

Leguinhos (leggings) pretos, saia gant rôxa por cima.

Camisola polar bordeaux (ai caramba, que agora é burgundy),

casaco branco de pêlo (assim, de acordo com a grafia ante-acordo) da agata ruiz de la praga,

óculos de sol cor de rosa da chicco (e chovia),

um travessão branco

e um arco cor de rosa com um laço de renda na cabeça.

 

A minha filha mais nova é fáchion, tão fáchion, que há guerras matinais que já não compro.

Queres ir para a escola assim? Vamos lá!

 

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publicado às 10:09

updeite Mr.

por blogdocaixote, em 18.01.14

Duas semanas e um período depois do início da 1ª classe do 1º ano, a Mr. já lê frases como: "a anita é má, deu o remédio do cão ao pai. "

(frase escrita por mim no quadro de brincar)

Tem alguns problemas com os ditongos, na matemática safa-se bem, mesmo quando se exige raciocínio mais avançado, todos os dias traz para casa toneladas de trabalhos, que me fazem pensar que nas aulas faz muito pouco. Mesmo assim, tem tido resultados à volta do "muito bom" a todas as disciplinas.

Segundo a sua versão das coisas, continua a conversar muito com a amiga alexandra, mas já brinca com outras miúdas e a professora diz que ela é uma miúda sociável e querida pelos outros. Parece que já não pegam nela ao colo para subir as escadas, o que a incomodava muito nos primeiros dias de aulas.

 

Dorme bem e já não ressona desde que tirou as amigdalas e as adenóides.

Está rezingona, parece que sai à mãe.

 

 

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publicado às 22:16

dos referendos

por blogdocaixote, em 17.01.14

Sou eu, a Gabriela, que não conhece o Martim de lado de nenhum, que tenho de decidir se o Martim deve poder ser adotado por um casal homossexual, se deve ir para uma instituição de acolhimento?

Sou eu que devo impedir a Manuela e a Joana de adotarem uma criança à espera há anos de uma família?

Sou eu que devo dizer que não senhor, o José não pode ficar com o pai que o criou se o pai verdadeiro morrer?

 

Referendar a adoção de crianças por casais homessexuais é para mim estúpido, para dizer o mínimo.

Um casal que reúna condições para adotar é um casal que pode e deve adotar, independentemente da sua sexualidade.

Não percebo como se pode ter o raciocínio distorcido de pensar que uma criança está melhor institucionalizada do que com uma família.

 

Se o José cresceu com dois pais ou com duas mães, no caso da morte de um dos elementos do casal, a permanência do José com o elemento que sobreviveu é uma coisa tão natural como as minhas filhas ficarem com o M., o pai delas, no caso da minha morte.

Sequer considerar outra hipótese é, para mim, completamente absurdo.

 

Posto isto, não percebo por que carga de água se fazem certos referendos.

 

E, mudando de tema, mas não mudando porque se trata também de referendar, adivinho um próximo sobre a legalização da IVG, imitando o que aconteceu na Espanha, que parece ter retrocedido uns quantos anos.

Brevemente, teremos aí associações, autoinstituídas como defensoras da vida, a apregoar a necessidade de rever a lei e a defender que elas ou outros é que devem decidir o que faço eu do meu corpo e da minha vida.

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publicado às 13:54

de coração apertado

por blogdocaixote, em 15.01.14

Tinha um ar indefeso, amedrontado. Daquelas miúdas a quem apetece dar colo e beijos na testa.

Muito calada, tive de a elogiar muito por cada coisinha mínima que fazia e senti como o encher do ego lhe fazia bem, vi-o nos sorrisos e no olhinho brilhante.

Era aquela a miúda com quem eu tive, efetivamente, de me conter para não abraçar.

 

Deixou de ir às aulas neste segundo período. Deixei passar a primeira semana, por pensar que poderia estar doente.

Ontem, indaguei junto o professor titular e fico a saber que foi retirada aos pais por maus tratos e está num lar de acolhimento.

 

Ainda tenho o coração apertado e uma vontade enorme de ir saber dela e trazê-la para cá, para minha casa.

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publicado às 21:21

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