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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Eu gosto muito do blog da trocatintas: http://rirecomerbolachas.blogs.sapo.pt/.
Não escreve com a regularidade com que eu gostaria de a ler, mas tem textos desempoeirados e divertidos, sempre em busca do equilíbrio, tal como eu.
que, perante temperaturas que de um dia para outro passam de 17 para 27 graus, ainda haja eminentes cientistas e experts a negar a existência de mudanças climáticas?
Novo ataque de asma, mais duas corridas ao hospital. A primeira feita pelo pai, ontem à tardinha e a segunda pela mãe, logo de manhãzinha.
A mãe não sabe uma data de coisas (nem queria saber), mas lá foi ela, feita lampeira, praticamente empurrada pelo pai.
Havia poucos miúdos e não havia médicos, por iniciativa da enfermeira que estava na triagem, a miúda foi logo diretamente para a sala de aerossois (tumbas, 1-0 para o pai). Pelos vistos, a crise de ontem ainda não estava controlada e ainda eram necessárias mais máscaras de Ventilan.
Como a mãe é uma tansa, foi preciso vir uma enfermeira: - "oh mãe, é a sua primeira vez?"
A mãe pensava que a enfermeira se estava a referir à filha e diz que não, ela já é pró! (tumbas, figura de ursa!)
- "Oh mãe, já acabou a máscara, basta olhar para o copo, já não há nada para inalar."
Voltamos para a sala de espera, onde temos de esperar pelo atendimento médico e a miúda está elétrica, parece que engoliu speeds. Sou olhada de lado pelo resto das mães e tenho a impressão de que está tudo a comparar a cor das pulseiras. Toma, toma, a da minha filha é amarela e a da tua é verde, nanananana.
Voltamos para atendimento médico, saímos para dar tempo para nova máscara, entramos para nova máscara, saímos para esperar por novo atendimento, miúda em alta rotação: quer água, quer bolachas, quer rebuçados, quer partir a cadeira onde não está sentada.
Entramos outra vez, a médica prescreve BOMBA.
Saímos, tentamos pagar o parque, a máquina não aceita o nosso dinheiro, miúda berra que quer ir para casa, pagamos, vamos à farmácia, vimos para casa e são horas de nova medicação, já com a bomba e uma cena acoplada para a criança inalar o ventilan.
Com tanta merda, neste momento, não sei se a criança está a respirar bem.
Qual ministro da educação....
Fim de semana agitadinho, mas bom, catano!
Sábado de manhã já andávamos pelo Porto. Melhor teria sido se fosse dia de feira dos Clérigos. Como esta não nos quis fazer a vontade, andámos por lá na mesma, entre excursões inteiras de turistas e acabámos a tomar café no sítio mais rasca, mas o único que tinha sol, mesmo ao lado do Moustache. "Anda, vou-te mostrar a Lello" disse eu, esquecendo-me da chusma de gente que ainda há pouco de lá entrava e saía. "Deixa lá, fica para a próxima."
Foi dia de almoçar francesinha e comemorar os anos da titi, foi dia de ensaio do teatro e dia de saída à noite, já bem tarde.
Entrámos no Radio já passava da uma e saímos por volta das quatro, cansadas de dançar a seleção musical mais eclética que por ali passou.
O corpo já pedia cama.
No domingo, tivemos tempo de almoçar, apanhar um bocadinho de sol, quando as nuvens deixavam e vir a correr para a Batalha, para ter tempo de votar.
Daqui a quinze dias há mais, pois tenho o fim de semana com espetáculos da peça "um morto muito vivo" e a minha gina estará de volta.
É só arrumadinho, só arrumadinho... caramba!
As últimas aulas de barre terre têm sido verdadeiras injeções de penicilina.
Não há amigdalite que me venha atacar.
Quando dei por falta da lente fui a uma ótica na Batalha. Eu tinha a impressão de que tinha posto no olho, não a encontrava em lado nenhum da casa de banho, interroguei-me se ela não estaria no olho, algures.
A menina da ótica olhou para lá e disse-me que não estava lá nada e que era impossível ela estar lá. De certeza que a tinha perdido.
MAS ELA ESTAVA LÁ. ANDEI COM A LENTE, uma brincalhona que gosta de jogar às escondidas com a dona, DESDE AS 10 DA MANHÃ ATÉ ÀS 21H metida no olhinho, lá bem não sei onde.
Este ano, decidi que ia usar lentes de contacto.
Fui ao oftalmologosta que, por acaso, era uma oftalmologista e ela passou-me uma receita para óculos e outra para lentes.
Deixei andar uns meses a marinar e nas férias da páscoa fui à minha óptica (que fica um bocadinho desviada da Batalha, aí perto de 200 kms) e falei com as meninas que já me conhecem há uns bons dez anos.
Mandou-se vir um kit de iniciação e lá fui eu toda contente fazer o teste. Devo ter demorado uma meia horita a acertar com as lentes nojolhos, mas saí de lá toda trocada mais sexy.
Segui viagem para Belmonte, com a informação toda e ansiosa por iniciar a minha nova vida, fazendo contas às horas mais cedo a que teria de me levantar para acertar com as lentes nojolhos.
No dia seguinte, toda contente, lá fui eu meter-me na casa de banho - não me incomodem, vou pôr as lentes.
A lente direita entrou passados uns bons dez minutos! Ena pá!
Abri a tampinha da esquerda, meti o dedinho e andei ali às voltas com o dedinho e nada de lente. Caneco! perdi a lente esquerda! Calma, calma, não perdeste coisa nenhuma porque eu sei sem sombra de dúvidas que a meteste na caixinha. Tu mete lá outra vez o dedinho. Depois de muito meter o dedinho, dou com a lente colada na tampinha. Melhor assim. Coloquei-a (só devo ter demorado uns cinco minutos) e fui para a rua toda contente.
Desde esse dia, nunca mais foi 100% confortável estar de lentes, daí que tenho andado mais de óculos. Já sou mais rápida a colocá-las mas hoje foi o cúmulo.
Coloquei a direita num tempo recorde de cerca de um minuto e depois a esquerda.
Fui levar as miúdas à escola, tomei café, fiz umas compritas domésticas e vim para casa. Quando me sentei ao computador para trabalhar, o meu olho direito não estava a focar como devia ser e resolvi tirar as lentes. Comecei pela direita (sempre me foi mais fácil tirá-las do que pô-las) e quando vou à esquerda (rais partam) não sai nada.
Andei duas horitas com uma lente, provavelmente a esquerda, no olho direito e o olho esquerdo, tadinho, andou sem nada.
Agora, não há nada a fazer a não ser deitar fora esta que tenho, porque não há maneira de saber de que olho é efetivamente.
O meu olho esquerdo dói, do que andei para lá a escarafunchar e cá estou eu de óculos.
E frustrada também.
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