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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Anda ver...
É um gato.
Eu já digo há algum tempo que tenho uma artista em casa. São instalações e mais instalações! É uma Vhils, a minha Gr.
Ontem fui a uma palestra sobre o desenolvimento da linguagem.
Regra geral vou a este tipo de eventos porque regra geral questiono muito a minha atuação parental e gosto de ouvir os "especialistas".
Mas tal como já desisti de ler literatura sobre educação, também vou desistir disto de ir a formações.
No fundo, o que acontece é que venho sempre para casa com mais sacos de culpa para juntar aos que já tenho.
Não se morre de amor nem se morre quando alguém nos morre.
Mas algo dentro de nós deve morrer e ficar sem uma parte de nós é coisa para moer muito.
Nunca mais se vê aquele dia da mesma forma, nunca mais se vive um aniversário, um natal, uma páscoa da mesma forma...
A mãe da I. morreu esta noite.
A I. não volta a ser a mesma porque lhe morreu uma parte ao mesmo tempo que lhe morreu a mãe.
O caraças! é mesmo queria que eu quero dizer. queria.
Eu não queria esta continha da luz que acabou de me entregar.
A sra. de certeza que quer dizer que não quer, porque queria é passado, diz a sra. carteira.
Sra. carteira, não quer uma lição de gramática e de semântica do pretérito imperfeito às 10 da manhã, pois não? Eu quero mesmo dizer que não queria esta continha!
Ah, não me diga que é professora?
Ah pois digo.
Então, bom dia!
Bom dia para si também!
Tenho uma amiga. A minha amiga tem a mãe internada. "já não sai....os médico disseram que já não sai..." foi o que me disse ao telefone.
Eu não sei o que dizer à minha amiga. Não posso mandar-lhe uma mensagem normal, daquelas que começam com um olá bom dia, não tenho palavras para lhe ligar...
Pôrra lá para a merda do silêncio e do barulho do frigorífico!
Passam um dia com a titi e a avósinha e vêm para casa com um constante "a séééério?" a propósito de tudo e de nada, especialmente a Mr. Por exemplo:
mãe - Mr. anda pôr a mesa.
Mr. - Ó mãe, a séééério??
E os tipo? os tipo? ó mãe, estás a ver, isto é tipo aquilo que nós vimos ontem.
Esta semana, a Gr. veio para casa com um "aleluia". Qualquer coisita e lá vem o "aleluia!"
Porquê? Pelos vistos, foi uma expressão que ela apanhou da educadora da intervenção especial.
Hoje de manhã, a caminho da escola, o rádio ligado na comercial para ouvir o homem que mordeu o cão (desculpa, antena 3) - mãe, aquela senhora também diz "oh mai gód!"
Sim, diz, porquê, quem mais é que diz?
Eu, eu digo ó mai gód.
E de facto, pensei, foi expressão que já ouvi bastante da sua boca.
O mais engraçado é que, apesar de não dizer bem os "éles", em aleluia, que deveria ser na sua maneira de falar "aueuia", eles saem todos, um ALELUIA corretamente dito.
A sério?
Haverá algum código de conduta ou algo semelhante aos mandamentos do/a caixa de supermercado?
Havendo, fazem parte os mandamentos "passarás os códigos de barras de cada item o mais rapidamente possível" e "ficarás, de braços cruzados, assobiando para o lado, à espera que o/a cliente coloque tudo nos sacos sozinho/a, enquanto ouves os restantes clientes atrás a bufar com a suposta lentidão do/a atual cliente"?
Deve haver.
Enche-me o copo, agora atiça aí o lume que está a ficar mortiço. isso.
É bom este esteva, não é?
Agora enrola-te aqui assim, isso, enroladinho nas minhas pernas... é bom não é?
Vamos ficar assim mais um bocadinho?
A titi diz que eu demoro muito tempo a escrever posts novos, que eu devia vir ca varias vezes como a coco e a pipoca... Que hei-de eu fazer se a minha vida nao e rica em acontecimentos dignos de post? Talvez deva engravidar ou arranjar um cao... Post enviado do meu hifone sem acentos e cedilhas.
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