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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Chegamos a esta altura do ano e é balanços por dá cá aquela palha, é sugestões de sítios para passar a noite que marca o fim de um ano, é o camandro.
É só o fim de um ano, não é o começo de nada! Não é um virar de página!
A noite de passagem de ano é uma noite! Ninguém tem de se divertir como se fosse o último dia da vida, é só a última noite de um ano que acaba!
E no entanto, lá estamos todos, a farejar o ar, naquela de que se não estamos a ter a noite das nossas vidas, já estamos a estragar o ano que começa!
Cheira mal....
(já disse que odeio dezembro?)
Nota: não estou zangada nem amarga, só cansada deste clima de diversão a todo o custo, que se instala nesta época do ano. Um dia, ainda hei-de ter um natal como eu e os meus queremos e não como os outros estão à espera!
"É o mal de virmos cá poucas vezes, é tudo muito intenso!" É assim que o M. descreve as nossas vindas ao norte.
Ainda não parámos. Os jantares e reuniões de natal que não temos no oeste temos aqui, concentrados.
São centenas de kms que fazemos, são centenas de calorias que ingerimos e de alcool! ui, pelo menos aquele que não vai diretamente ao chão.
Contam-se pelo menos duas: uma de rioja, trazida pela L. e que a E. deixou cair em pleno saca rolha e outra que o espinho, desajeitado, mandou ao chão enquanto abria o frigorífico.
Garrafas desperdiçadas à parte, estas férias têm sido de facto um concentrado de saídas e jantares.
É nestas alturas que eu tenho a certeza de que, apesar de tudo (da calma e ambiente limpo da Batalha, sem o cheiro a merda que aqui se sente), a nossa vida teria mais qualidade aqui, onde temos mais amigos do peito e, acima de tudo, umas babysitters à prova de tudo.
Conhecem aquela sensação de que às vezes conhecem uma pessoa sem realmente a conhecerem? Conhecem aquela sensação de que, às vezes, aquela pessoa vos conhece sem que alguma vez se tenham conhecido?
Pois, eu tinha essa sensação com a R. e no dia 21 deste mês fui confirmar. Alenquer é uma terra bem bonita e eu (re)encontrei a R.
Com uma net MTO ma (a wow); sem conseguir carregar videos, assim, desta forma singela, vos desejo umas boas festas.
No dia 21
Fomos a Alenquer, onde, por entre "vamos para casa, quero ir para casa", nos fomos fotografando e em breve faço um post mais longo, que a ida a Alenquer merece.
Hoje, dia 22, é "dia livre" de calendário.
Eu ando em limpezas natalícias!
No dia 18 saiu na "rifa" um chupa-chupa para cada uma. Mais um dia com boa receção.
No dia 19 foi apoteótico: a sobremesa seria fondue de chocolate com fruta variada.
Este calendário do advento é tudo menos natalício.
Elas lambuzaram-se de chocolate.... nós conseguimos comer um bocadinho.
Adormecemos as três na minha cama.
Estamos de férias.
My husband went to Almeirim and all I got was caralhotas....
Eu só queria um par de sapatos ou botas minimamente bonitos e diferentes da maralha, só isso, carago! Não há, a preços decentes? Há?
Carago!!
Fiz o calendário mais para mim do que para as miúdas, numa tentativa de fazer renascer a magia do natal, mas não há calendário que me salve.
Quando dava aulas aos crescidos, no Porto, tinha alunos com vidas familiares tramadas, que nesta altura do ano andavam mal. Nas aulas, falávamos de tradições de natal, queria que eles escrevessem sobre o natal nas suas casas. Havia recusas fundamentadas e o meu discurso era sempre positivo, numa de "agora é mau, mas quando tiveres a tua família, os teus na tua casa, vais ver o natal pelos seus olhos e vais ver que volta a ser bom". E eu acreditava realmente nisto.
Hoje, este hoje significa os dias que correm, tenho muita dificuldade em acreditar nesse discurso.
Apesar de tudo, se há alguma magia na época, ela vem das minhas filhas.
Juntos, vamos construindo tradições que espero que as façam lembrar-se dos natais com alegria. O dizer bom dia e adeus ao presépio e ao pai natal que todos os dias vemos à entrada da vila, a espera pelas luzes (este ano, a câmara fez um belo trabalho, deve ser à conta do dinheiro dos parquímetros que espalhou por todos os lados), as coisas que vamos cozinhando à medida que eu vou encaixando o meu papel de mãe que dá a provar os doces tradicionais da época, o calendário pela primeira vez este ano, a ida ao Porto, com as duas, que quero repetir ainda que chova a potes (como no ano passado), a montagem da árvore e a fotografia da praxe... enfim, estas coisinhas todas que nos lembram que somos uma família com sorte.
Talvez ainda haja salvação....
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