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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Uma baleia deu um tiro noutra. Título da notícia:
BALEIA BALEIA BALEIA!
Man, o dia de ontem foi smooooth, man! Assim tipo, uhhh, naice, tudo na boa, man: não houve birras, não havia trabalhos de casa, man, deu para brincar, tomar banho, ver tv, jantar e man, tás a ver, elas comeram tudo e repetiram, brincaram tipo, sem se chatearem uma ca outra, sem arrancarem cabelos, foram prá cama assim na boa, ó man, foi smoooth!
Consegui fazer o que queria no curso online, fui ao fórum e mandei bitaites assim tipo, tás a ver, "olha como eu sou boa professora, man, olha tudo o que eu faço, pá, tás a ver".
Foi fixe!
Hoje, fui às compras, man, e levei com meio frasco de lixívia pelas pernas abaixo!
Eu sou aquele tipo de pessoa que precisa de bater com a cabeça na parede MUITAS vezes para aprender.
Eu já sabia que pequenas coisas, merdinhas, pequenas cedências que faço melhoram e muito a minha relação com a Mr. Deixá-las jantar na sala, deixar comer um bocadinho de uma guloseima qualquer, pintar-lhe as unhas, etc.
Normalmente, porque são coisas que vão contra os meus ideais, não permito.
Jantar é na cozinha, onde há uma mesa para todos, sem televisão, doces nunca antes ou depois do jantar, as crianças não têm nada que se pintar, etc.
Mas, quando permito que façam uma dessas coisas, dio mio! sou a melhor mãe do mundo. Que mãe não quer ser sempre a melhor do mundo?
No seguimento desta "descoberta" que vou fazendo aos poucos, decidi sem mais permissiva nestas situações. Se as fazem felizes e se me fazem a mim uma super mão, bora lá.
Estou a caminho de criar duas matrafonas....
Não me apetece.
Não te apetece o quê?
Não me apetece nada.
Então, apetece-te tudo?
Nada me apetece, nada!
O nada apetece-te?
Deve ser isso...
Nada.
Enquanto somos miúdas a questão da altura é mais ou menos indiferente.
Quando somos adolescentes é uma porcaria. À nossa volta, as colegas giras e altas e nós, lá em baixo, até nos pedem o bilhete de identidade para jogar nas máquinas.
Quando entramos na idade adulta começa a ser engraçado. Entramos no autocarro da carreira e vendem-nos meio bilhete, perguntam-nos "então, vais para onde?"
Mais tarde, a entrar nos quarenta, é definitivamente uma merda. Ninguém nos leva a sério, nas reuniões somos os últimos a falar e a sensação que fica foi de que fomos ouvidos com paternalismos, olha a miúda a falar...
Nas repartições públicas temos de nos pôr em bicos de pés, o que tira logo legitimidade ao que quer que seja que estamos ali a fazer...
Nos supermercados só não nos passam à frente porque rosnamos e fazemos cara de cão que morde...
Nas festas, as pessoas que conhecemos passam por nós e não nos cumprimentam, não estamos nos seus ângulos de visão...
Bocejamos e perguntam-nos se temos "soninho" e se queremos ir para "a caminha"...
É uma merda!
era vontade de trabalhar, se faz favor. Não precisa de ser gelada, pode ser natural.
Obrigada!
quero favas com chouriça e coentros.
aquelas favas verdes e suculentas, que largam uma molhanga espessa, a cheirar a primavera.
com coentros
com um arroz solto
até tenho água na boca.
Quando éramos miúdos, acordávamos ao som da Grândola.
Hoje, tento explicar à Mr. que o dia da liberdade não é o "dia de fazer tudo o que nos apetecer".
Com a liberdade vem a responsabilidade. E essa é, provavelmente, a melhor lição que podemos dar aos nossos filhos, para que Abril não seja esquecido.
De todas as disciplinas que gravitam à volta dos estudos literários a minha preferida é a literatura comparada, que agora se chama estudos interartes.
Faria estudos deveras interessantes e fora da caixa, era só deixarem.
Assim de repente, seria capaz de fazer uma tese sobre as semelhanças entre isto:
e isto.
Sim, estive a ouvir uma seleção de músicas onde só deveria haver Tim Maia e saiu isto. Alguma coisa contra?
Atire a primeira pedra quem nunca deu por si a ouvir baladas de telenovelas passadas! (desculpa o plágio Maria)
Quando as pessoas normais chegam a casa, às seis, sete da tarde, como é que fazem para gerir eficientemente tudo o que há para fazer?
Eu sinto-me uma anormal, que não consegue fazer nada!
Não consigo explicar à Mr. o que são frações e fazer o jantar ao mesmo tempo.
Não consigo fazer o jantar e explicar à Mr. o que são arestas nem como se chega à resposta do problema nº 5 da ficha de matemática.
Não dou banhos cá em casa, exceto ao fim de semana. Se não fosse a natação, as minhas filhas tomavam banho ao sábado.
Jantamos às 20.30, com sorte, depois de obrigar a Mr. a terminar todas as tarefas da escola, dou um jeitinho à cozinha, se não sujei muita loiça fica praticamente arrumada, dou um bocadinho de mimo às duas e meto-as na cama. Se não entrar em coma, ainda me sento um bocadinho no sofá à espera que o M. chegue.
E vou para a cama. Há noites em que me deito como se um camião me tivesse passado por cima e acordo na mesma.
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