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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Saímos de casa, em direção ao Porto.
A primeira meia-hora é smooth.
Chegamos a Pombal e começa: falta muito? perguntam elas.
Aqui é fácil, a resposta é dada sem hesitações: falta, falta muito.
A partir de Coimbra a coisa fica mais difícil. Não havendo uma resposta que lhes agrade e que seja verdadeira, eu
respondo "falta mais ou menos" e o pai "falta um bocado".
A Gr. ouve uma resposta, a Mr. a outra.
Segue-se então o desafio de quantificar à medida das suas cabeças a distância entre Leiria e Porto.
A partir de onde é que podemos dizer que "falta pouco"?
Se dissermos "já não falta muito", está o caldo entornado.
"A mãe disse que não faltava muito!" gritam elas em S. João da Madeira ou Santa Maria da Feira.
"E não falta!"
"Mas nunca mais chegamos!"
O pai volta ao ataque "falta um bocadinho." Elas aborrecem-se. "Um bocadinho de que tamanho?"
A mãe contra ataca "faltam 30kms".
"Isso é muito?"
São viagens muito divertidas!
E aquela, para ficar registado, em que no meio de uma chuvada, o pai foi dar umas belas beijocas aos raides?
"Estamos a ter um acidente, pai?", sai-se a Mr.
"Não, está tudo bem." Responde o pai, a tentar controlar o carro, para evitar mais batidas. A mãe, agarrada ao teto, grita "sim, sim, está tudo bem!"
A parte lateral do carro toda amolgada, mas está tudo bem e já não falta muito para chegarmos.
A parte lateral do carro toda amolgada, o ritmo cardíaco ainda a voltar ao normal e já o pai está a ligar para tudo quanto é sucatas nas redondezas para arranjar peças de substituição. É de Homem!
Estes dias foram dias de grandes aprendizagens.
Terminei o ano letivo, despedi-me da escola onde estive dois anos, e dos miúdos, não conseguindo evitar algumas lágrimas.
A maior parte das pessoas vai de férias, descansa ou não e regressa às rotinas. Eu vou de "férias" e é SEMPRE um ciclo que se fecha. Uma incógnita que me afeta e a toda a minha família nuclear.
Deslocámo-nos ao norte, para mais uma peça de teatro. Descubro que a Cristina Ferreira deve sofrer muito antes e depois dos programas que faz ou das produções fotográficas. Aquela maquilhagem é tramada de pôr e de tirar. Ainda tenho eyeliner e rimel mascara. Confirmo que ser "gira" nos dias que correm exige a arte do fake (podia ser do fuck, mas não). Já não bastavam mamas fake, as bundas fake à conta do silicone ou das calças push-up, agora até as pestanas e as sobrancelhas são fake!
Descubro também que as pessoas são capazes de engolir merdas e merdas anos a fio e depois despejá-las em cima de quem não é de direito.
Começo a pensar a sério em ir ao médico. Há semanas que não durmo. Comprei melatonina, mas parece-me que não é aquilo de que preciso. Eu adormeço e acordo. Já não volto a entrar em sono profundo. Levanto-me como se tivesse um tijolo na cabeça e ando o dia todo mal disposta e rabujenta.
A noite passada tomei um relaxante pensando que me ia ajudar. Normalmente fico chateada quando acordo e não volto a adormecer, esta noite fiquei menos chateada, mas acordada na mesma.
E foram assim estes dias!
Estou oficialmente de férias desempregada.
"Mãe, sabes, tenho uma vida secreta."
"Estou a fazer um desenho para ti. Porque hoje é o dia da mãe. Só para ti, hoje.
Vais ficar muito bonita, com a cara cor de rosa e roxa."
Tão linda, a minha mais nova.
Os dias cinzentos deixam-me cinzenta.
Nem parece que falta um dia para as aulas acabarem.
Na senda de cardápios sem sabor que agradassem à mais nova, ontem cozi (isso, cozi) frango picado e espirais. Foi o jantar delas. A Mr. comeu relativamente bem, a Gr. repetiu.
Não fôssemos eu e o pai pessoas de comida a sério, as minhas dúvidas existenciais relacionadas com as ementas diárias não existiriam.
Mas porque é que gosto tanto de comer?
"Hmmm! Este peixinho está deuicioso! Não sabe a nada!"
Nota muito importante: aos cinco anos de idade não se sabe o que é a ironia.
...era um jantar bem regado.
Sim, uns martinis antes, um bom vinho durante e um gin para terminar, daqueles bem feitos.
Para jantar, qualquer coisa boa, que não tenha sido cozinhada por mim, isso mesmo.
Para sexta-feira, numa espécie de comemoração do fim do ano letivo e do início de mais uns meses de desemprego sem direito a nada.
Obrigada!
Ontem acordei e senti o meu rabo, os meus glúteos é mais cool e mais anatomicamente correto, mais moles do que o costume. Será normal?
Hoje, dói-me a perna.
Não durmo bem e nem sequer posso culpar as minhas filhas porque mesmo quando elas não acordam de madrugada, eu durmo mal.
Há pessoas que escrevem em blogs e às quais me apetece enviar um mail a oferecer ajuda para corrigir o que escrevem tal é a quantidade de erros ortográficos e de sintaxe que cometem.
Vou aturar os filhos dos outros.
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