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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
era uma noite diferente, esta que vem.
Não me peça pormenores, que não lhos sei dar. Olhe, ponho-me nas "suas mãos". Decida o senhor, faça de mim o que quiser.
Obrigada.
Sabes, Mr., eu vou mudar, prometo que vou.
Sabes, essa coisa de tu seres tão desatenta, desfocada, desconcentrada e preguiçosa dá cabo de mim, mas eu tenho andado a pensar e começo a chegar à conclusão de que tu és apenas uma miúda que gosta de brincar.
Sabes, quem está errado no meio disto tudo é a tua escola, quer dizer, não a tua escola em especial, a escola em geral. Isto de eles quererem que vocês trabalhem e trabalhem, todos no mesmo ritmo e que todos compreendam as coisas ao mesmo tempo e que todos terminem as milhentas fichas ao mesmo tempo é uma grande palermice!
Vocês são diferentes e não têm obrigação nenhuma de ser iguais. Os professores deviam saber melhor do que isso, os homens mais importantes lá de cima, os do governo, deviam saber mais do que isso. Não sabem!
Mas sabes o que a mãe decidiu? a mãe decidiu que ela sim, sabe mais do que isso e vou tentar lembrar-me. Vai ser um ano letivo melhor, para mim e para ti, vais ver!
Somos sempre os melhores.
Nas reuniões de pais, nós é que somos os pais cool, os mais porreiros, aqueles que sabem melhor.
Os outros são os totós, os stressados de mais ou preocupados de menos.
No trânsito, nós é que temos sempre razão, nós é que conduzimos bem.
Os outros são os estúpidos, os que tiraram a carta por correspondência.
No supermercado, nós é que temos sempre motivos válidos para passar à frente dos outros nas filas das caixas.
Os outros são um bando de desocupados, mal educados.
Na vida em geral, nós é que a sabemos toda.
Depois, abrimos o facebook e, afinal, os outros é que sabem viver.
(Nota: não tenho facebook há cerca de três meses e não faço tenções de voltar a ter)
Também vou falar sobre o outono.
O outono é uma estação do ano que começava sempre no dia 21 de setembro, mas isso era quando outono se escrevia Outono, mas agora nunca se sabe, parece que começa hoje.
No outono as folhas que ficaram de cores acastanhadas, nos seus mais variados tons, caem ao chão e fazem tapetes que agora são muito bonitos, mas vão ser muito feios quando começar a chover.
Também no outono há fruta especial, as castanhas, os dióspiros, as uvas e fazem-se as vindimas que parece que agora é moda os famosos irem trabalhar para o Douro, a fazer trabalho que antes só os desgraçadinhos dos pobrezinhos faziam.
É uma estação do ano em que o frio começa a aparecer e a gente sabia que tinha de guardar as sandálias, mas isso era antes e agora nunca se sabe se vamos precisar delas na mesma.
Eu adoro o outono!
"Fui conhecer a Marrocos", disse eu à Titi.
"Foste?!"
Sim. Respondi.
E acrescentei: "só vou conhecer pessoas que eu sinta, aqui dentro, que serão boas de conhecer."
E acho que não me enganei.
Ai Marta.... quase me esquecia...
Sou muito...pessimista.
Não suporto...ver os meus planos contrariados.
Eu nunca...pintei o cabelo.
Já me zanguei...hoje, ontem também, anteontem idem.
Quando era criança...já não sou???
Neste exacto momento...tenho os pés frios.
Morro de medo...de não ser feliz.
Sempre gostei...de ler.
Se eu pudesse...ia para um sítio quente.
Adoro...comer.
Fico feliz quando...estou de férias!
Se pudesse voltar no tempo...tinha-me divertido mais.
Quero viajar para... um sítio quente.
Eu preciso...de dinheiro!
Não gosto de ver...injustiças.
A avó lurdes olhava embevecida para aquele neto mais pequenino.
Do alto da sua sabedoria de quem já criou cinco filhos e agora ajuda com os netos dizia para a nora: "agora é que é bom, agora é que eles não dão trabalhinho nenhum."
A sofia, mãe de primeira viagem, ainda abananada com as hormonas do pós parto, olhava para a sogra com ar mais que duvidoso, incrédulo.
Por incrível que pareça a quem tem pela primeira vez um filho nos braços, é verdade!
Quando as minhas filhas eram bebés, a minha presença, a minha palavra, a minha atitude perante o choro resolviam o assunto. Por tentativa e erro vamos acalmando os nossos bebés, vamos descobrindo porque choram e resolvemos os problemas que os atormentam.
Agora, que elas já não são bebés, há uma infinidade de situações, que se vão complexificando, para as quais eu não tenho solução, para as quais não basta a minha presença, a minha palavra, a minha atitude.
A preguiça da Mr., a sua incapacidade para se concentrar no trabalho.
A recusa da Gr. em ir para a escola.
Não posso alterar nada, por mais que fale desta ou daquela maneira.
Sim, é muito mais fácil quando eles são bebés.
Já deixei duas filhas nas respetivas escolas, uma delas em prantos, já corri e fiz exercício físico 45 minutos, já fui ao supermercado e ao talho, já guardei as compras, já liguei para a DGAE (órgão do min. da educação)... mas continuo com vontade de estrangular alguém.
Na sexta-feira, foi dia de receção aos miúdos do 3º ano, que aqui na Batalha, por não haver lugar no centro escolar novinho em folha, passam a frequentar a EB2,3.
Foi tudo avisado de que não devíamos entrar na escola, para evitar confusão, que se eles viessem carregados com material não havia problema se ele estivesse identificado. Deixava-se na portaria e alguém o ia buscar. "Não se preocupem com a crianças, levem-nas ao portão e deixem-nas ir, eles não se perdem entre o portão e o bloco onde vão ter aulas."
Como acredito na professora, nas auxiliares e também na capacidade da miúda se desenrascar, assim fiz. Deixei-a no portão, onde se aglomeravam mães que entupiam a passagem.
De fora, garanti que entrou, passando o cartão e fui à minha vida. Devo ter sido das únicas mães que o fez. O resto, com a desculpa ou não de deixar o material lá foi, escola fora, deixar a criança à porta.
Eu não sei se isto faz de mim uma mãe baldas ou uma mãe confiante na cria. Partilho porque espero que me venham aqui dizer que eu é que sou um espetáculo.
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