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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Com um livro de anatomia amplamente ilustrado aberto no chão da sala, na parte da reprodução, a mais velha dá uma lição à mais nova.
- Para eu nascer houve um só espermatozóide que entrou na mãe, mas só um, só um, o MEU espermatozóide. Foi o MEU.
-Então, para eu nascer também houve um espermatozóide MEU que entrou na mãe, só meu. - responde a mais nova.
Eu e o pai, na cozinha, desmanchamo-nos a rir, baixinho, baixinho, para não interromper a "aula".
O que me devia chatear é o meu espanto perante as reações das pessoas e não as reações propriamente ditas.
As pessoas são, na generalidade, bichos complicados. Porque é que ainda me espanto com o facto?
As minhas filhas são cada vez menos minhas.
É com orgulho e medo que assisto a esse "distanciamento" que o crescimento carrega.
Fico-me por aqui, no que toca a este assunto, por hoje. (um bocado cansada de ser um lugar comum, embora a minha vida seja feita deles)
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