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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Ontem ouvi um bocado do discurso de despedida de Obama, já tinha ouvido a Meryl Streep e hoje uma das primeiras coisas que li online foi um título qualquer sobre Trump e segredos que a Rússia tem, supostamente, sobre o novo presidente e a reação do novo presidente. Depois, ainda de manhã, na rádio, ouvi que uma das primeiras ações do novo presidente será acabar com o Obamacare.
As linhas que se seguem não são um rol fundamentado de conclusões, são um conjunto de coisas que me tem passado pela cabeça nos últimos meses, desde a eleição de Trump. Decidi, no carro, que não quero saber. Não quero saber que merda anda o homem a fazer. Depois, cheguei a casa e refleti. Não querer saber, a desinformação que tal decisão acarreta é a pior coisa que nos pode acontecer.
Eu não quero saber que porcarias o gajo anda a fazer do outro lado do mundo, mas sinto-me obrigada a contrariar essa vontade. O que se passa nos EUA, o que vai suceder fruto das políticas de Trump vai influenciar o que se passa aqui e no resto do mundo.
Abomino o homem, mas obrigar-me-ei a estar a par, atráves dos meios de informação que considero legítimos, de todas as patifarias ou não patifarias que o gajo há-de fazer. Porque só assim será possível reagir a tempo e horas.
Há sensivelmente seis meses que não temos televisão, mas a Gr. num desenho que ilustrava o que fazia aos sábados desenhou-se a pintar no chão da sala, ao lado da Mr. a ver televisão.
Como bloco de notas. Quando tenho pressa de escrever alguma coisa que preciso de não esquecer, pego no telemóvel e escrevo-lhe uma mensagem com o conteúdo que quero não esquecer Já recebeu mensagens destas: she moves like a cyclone. Que é o nome da música nova que a Mr. está a treinar no ripi ropi.
Ontem, estava sentada a preparar aulas quando comecei a ouvir uns ruídos estranhos, nada de muito sonoro, eram uns toques em alguma coisa, uns roçares... eram barulhos novos na minha sala. Olhei para os lados, quieta e muda, baixei ainda mais o som da música que me acompanhava e fiquei alerta. Que pôrra eram aqueles sons?
Eram os estúpidos dos peixes, a baterem nas paredes de vidro do aquário.
São 11.54.
Estou à lareira, a corrigir fichas (estava).
Pensei assim: se agora pudesses largar tudo pelo resto do dia, sem consequências, ias onde, fazer o quê?
E não sei, nao tenho uma resposta na ponta da língua.
E acho triste...
Os peixes chegaram no sábado à tarde. O pai foi com elas comprá-los e em vez de dois comprou quatro, um peixe para cada membro da família. O da Mr. é o bubble gum, o da Gr. manteve-se Felini, o meu é o Rasputine, aka Ras e o do pai é o Blackie. Está-se mesmo a ver quem é que anda desesperado por um cão!
Nota: os peixes sobreviveram o resto do fim de semana e o aquário é do mais kitch que pode haver.
Vamos ter um animal de estimação, melhor, dois!
A Gr. já escolheu o nome do seu: Felini (é muito culta, a miúda!)
A Mr. ainda não decidiu.
Já foram avisadas de que os animais democraticamente escolhidos são seres muito sensíveis (o que é sensíveis, perguntou a Gr.) e que poderão morrer muito pouco tempo depois de virem cá para casa.
Saem dois peixinhos para a mesa do canto.
Inventam tanta merda e não há ninguém que consiga inventar uma porcaria para exterminar de vez os piolhos? Todos os anos é a mesma coisa. Gastam-se centenas de euros em quimicos, em água para lavar cabeças e roupa e os gajos arranjam maneira de voltar mais tarde ou mais cedo.
Cuecas que não se metam onde não são chamadas? Já se lembraram de inventar isso, cuecas com um sistema anti intrusão nadegal? As minhas cuecas, venham elas de onde vierem (feiras, womens' secrets, modalfas, lojinhas locais de roupa interior), independentemente da marca, acabam sempre por se meter onde não devem. Será problema das minhas nádegas do meu rabo?
Champô para os diferentes tipos de água? Champô para zonas com água calcária, champô para zonas com água mais mineralizada ou menos mineralizada, etc.? O meu cabelo é espetacular! no Porto e no Alentejo! na Batalha é um amontoado de fios histéricos, cheio de volume se o lavo todos os dias, deprimido e oleoso se fico um dia sem o lavar.
Fazes-me andar encolhida, de costas curvadas todo o dia, onde quer que esteja. Dou por mim consciente desse curvamento e faço por me endireitar. Ando toda dorida, de cima a baixo, e não vou ao ginásio há quase três semanas.
Não tenho vontade de nada excepto (que se foda o acordo) de dormir, mas à noite, os momentos à lareira são o que há mais próximo da calma e calor que me faltam o resto do dia, por isso deito-me tarde.
Não suporto o inverno, ainda que seja generoso em dias de sol.
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