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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Saio à rua e vejo pessoas, muitas. Acho que é dia de mercado semanal, embora seja sábado. Há música pelo ar, que sai de colunas que estão afixadas nos postes de eletricidade, há pessoas, muitas pessoas e muitos carros, trânsito engarrafado, embora esta seja uma cidade pequena, talvez por ser sábado, não sei...
É estranho, isto de sair e estar numa cidade, ainda que pequena.
e eu não quero que as minhas filhas sejam pessoas de "tipo" e "ieps" e "ias" e "oh men". Quero filhas articuladas, cujos mundos sejam da dimensão inteira que o mundo tem.
Ajuda precisa-se na compreensão deste fenómeno: o que leva os pais de crianças a darem telemóveis às crianças?
Telemóveis com ligação à internet, sem restrições nas chamadas?
Porquê? Expliquem-me, porque preciso de compreender.
O pai diz-lhes assim: ponham a loiça na máquina. E vira costas, já acendendo o seu cigarrinho gostoso pós refeição.
A mãe tenta não meter o bedelho e assiste àquilo a que não se pode chamar "pôr a loiça na máquina", será mais um "atirar a loiça para a máquina". Um dia, ponho aqui uma fotografia.
Depois, a mãe controla o ímpeto de mandar pai e filhas dar uma volta ao bilhar grande, respira fundo e enche-se de calma e paciência e tira tudo o que foi atirado para a máquina, para que as filhas voltem a pôr tudo como deve ser.
A mãe, das próximas vezes, vai virar costas e fumar um cigarrinho, deixando ao pai a tarefa de supervisionar o atiranço de loiça para a máquina.
Durante a viagem de regresso a casa: "Há alguma estação de estacionamento perto? esqueci-me de ir à casa de banho antes de sairmos de casa."
Hoje, experimentando uma almofada nova nas cadeiras da cozinha: "esta almofada é mais confortável que a outra. Até que enfim o meu rabo tem o descanso que merece."
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