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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Talvez seja de andar a ler livros onde os fascistas ganham sempre, mesmo que percam a guerra, talvez seja disso...
Tenho medo e vergonha de termos agora um partido fascista com 12 energúmenos no parlamento.
Eu: pingo no nariz, dor de cabeça, umas vezes leve, outras mais chata, às vezes o corpo pesado, arrepios de frio... mas os testes feitos em casa continuam a dar negativo.
A mais nova: dores de barriga pela manhã, dores de garganta à noite... mas os testes feitos em casa continuam a dar negativo.
Ele: dores de cabeça, cansaço...mas os testes feitos em casa continuam a dar negativo.
Nunca chumbámos tanto, com a impressão contínua de que o professor se está a enganar na correção do teste.
Amanhã vou levar o material para análise ao professor antigéneo, que ao contrário do que o nome indica, deve ser mais inteligente do que o outro.
Acabei ontem à noite os "Doentes do Doutor García".
É assombroso. A teia de acontecimentos e de personagens, umas ficticías, outras reais, o desenrolar aparentemente desorganizado e cheio de analepses e prolepses, as descolcações no espaço e nas personagens, nas formas de narrar, ora na primeira pessoa, ora na terceira, o ter de perceber onde estamos a cada capítulo, quem nos fala ou de quem nos falam...
o final, a pender para a tragédia premente que é a nossa enquanto peões...
é o livro de uma vida.
Este ano letivo terminámos as aulas a 22 de dezembro (por estarmos em semestres). No dia 23 fomos para o norte. Arrumámos malas e malotes, enchemos o carro e saímos.
Tivemos tempo para ir dar umas prenditas e por volta das seis da tarde já trocávamos os bs pelos vs.
O Natal foi passado na casa da avó paterna, com o costumeiro bacalhau cozido com batatas e o cabrito assado.
No dia 26 fizemos outro natal com os tios e a sobrinha. No dia seguinte, fomos em excursão a Braga, comer aquela que dizem ser a melhor francesinha.
No dia 29 deixei marido e miúdas e rumei às beiras, com os meus pais. Li muito, dei umas voltas a pé, aqueci os pés à lareira.
A sobrinha apareceu para passar a noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro. No primeiro dia do novo ano apanhámos o comboio na estação de Belmonte e fomos até à Guarda. Este pedaço de linha, que esteve desativado durante uns anos valentes, voltou ao ativo no verão e vale a pena.
Em casa, com a sobrinha, não houve tempo para aborrecimento.
As miúdas e o pai juntaram-se a nós no dia 2. Foi um regabofe de brincadeira entre primas.
Passámos a semana de contenção de contactos por lá. Demos um salto à serra.
Entre trabalhos de casa que não tinham sido feitos, jogos e brincadeiras, delas, trabalhos de formação meus, passou-se a semana.
Amanhã regressamos à escola e, pela sondagem que fiz, está tudo sem vontade.
Deve ser desta porcaria de momento em que vivemos, cheio de virus e medidas de contenção.
Vamos esperar que, entretanto, o tempo nos dê algum ânimo.
mas este ano abro uma excepção (assim, como deve ser, com o p lá no meio) e decido que vou ler mais.
Acabei na sexta à noite o Meridiano 28 de Joel Neto e já dei comigo a ler os doentes do Doutor García, de Almudena Grandes.
Não sei qual é o fenómeno, mas é uma coisa frequente: dar por mim a ler muitos livros do mesmo autor ou pegar em autores cujas temáticas são semelhantes.
Parece que, sem que seja propositado, ando numa onda de romance de espionagem, onde se misturam realidade e ficção.
Ler mais é aquilo que decido fazer no ano 2022, a ver se me engrandeço e alargo o meu mundo.
Foi no segundo ano em que celebrámos o aniversário do pai, no Luso.
Estavam elas e ele a deleitar-se numa piscina em inícios de outubro, quando me lembrei que seria engraçado fazermos um vídeo a desejar bom natal, a malta toda enfiada na piscina.
Definimos uma situação parva, eu meti-me também dentro de água até à cintura e em dois ou três takes tínhamos tudo filmado, com muita gargalhada e tremeliques de frio (meus) à mistura.
No ano seguinte, ainda fizemos umas cenas em que saímos de milheirais (assim uma coisa muito à la Shyamalan) em altos berros, desejando feliz natal, mas acabámos por nos filmar no sofá da sala, cada um com o seu instrumento musical, compondo uma sinfonia estridente e desencontrada, digna de um filme terror.
Este ano, as miúdas amordaçaram-nos e deixaram-nos no chão atados, enquanto se filmaram desejando boas festas e que toda a gente se livrasse dos problemas, tal como elas se tinham livrado dos delas, mostrando os pais no chão.
Tal como o calendário do advento, advogo a realização destes vídeos patetas até ser velhinha.
As atividades eram básicas e, no essencial, cumpriram-se.
Jantares à luz das velas, jogos em família, cinema em casa, distribuição de chocolatinhos, confeção de bolachas, de jantares diferentes do normal, de vídeos parvos.
Chego à conclusão de que se não for o calendário do advento não há natal.
Os dias de festa propriamente dita são muito curtos e stressantes. São estas quebras na rotina que funcionam como antecâmara das festas que, para mim, fazem o natal.
Advogo a existência do calendário do advento até ser velhinha.
Deixa cá deixar alguma coisa registada, para dar início ao calendário deste ano, que começou há sete dias.
Ontem fomos à serra (da Estrela) e juntámo-nos às familías inteiras em confinamento e a deslizar pela neve na Torre.
Hoje, fomos, os adultos, à "casa aberta" aqui da terra receber a terceira dose da vacina covid.
Temos malas para fazer e tudo para arrumar, após estas semanas fora de casa, mas eu ainda acalento a esperança/receio de que o regresso às aulas seja online.
Deixo assim a coisa, entre barras, porque é mesmo um misto de esperança e de receio. Por um lado, a perspetiva de não ter de me levantar todos os dias antes das sete da manhã e de não ter de andar de um lado para outro e, por outro, o receio de ter de voltar ao pesadelo do ensino à distância.
Bom ano!
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