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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Fiz quarenta e sete na quinta-feira passada.
Hoje, uns miúdos, sabendo que eu tinha feito anos, perguntaram-me "quantos anos fizeste, teacher?" e foram mandando palpites. "vinte e oito!" , "trinta!", "dezasseis!" - são tão totós, benza-os deus.
A resposta que lhes dei foi "digo-vos no fim da aula." Entretanto, esqueci-me e a aula acabou, estes sairam e deram lugar a outra turma.
Quando finalmente saí da sala, para me vir embora, encontro os primeiros a lanchar, que voltam a perguntar afinal quantos anos fizeste. Quando lhes respondi quarenta e sete fizeram um ar de espanto de boca aberta e, assim que me despedi bye bye e virei costas, ouvi-os dizer "ih! que velha!"
As "coisas" não andam fáceis por aqui.
Há cerca de um mês, após uma aula de yoga que surgiu para compensar uma ausência da treinadora, dei por mim a procurar sessões de yoga no youtube.
Há cerca de um mês que quase todos os dias faço yoga. Se calhar, é uma afronta para os praticantes a sério ler isto, posso escrever que "há cerca de um mês dou por mim a seguir as instruções de uma instrutora de yoga e a praticar movimentos e poses, a respiração durante as diferentes poses e na mudança de pose para pose". Talvez seja menos insultuoso...
Há cerca de um mês que desenrolo o tapete e meia hora do meu dia é dedicado só a isso. A respirar, em posições que me esticam para lados diferentes ao mesmo tempo.
Escolhi uma instrutora, e são os vídeos dela que me acompanham, sem música, só o som da sua voz que vai dando as instruções, sugerindo alterações para quem quer ir mais além e para quem não consegue ir mais além e precisa de adaptações e os passarinhos, porque quase todas as sessões são gravadas ao ar livre, no meio de bosques.
Eu não sei se este "yoga" me vai salvar desta fase, mas que tem ajudado, isso tem. Já tinha lido muitos comentários de pessoas que choram durante a savasana e ontem dei por mim com as lágrimas a correr sentada em sukhasana.
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