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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
O natal passou-se pelo norte, depois fomos até Belmonte, onde nos deparámos com um serial killer de galinhas e onde o M., depois de andar a apregoar aos ventos que estava em baixo de forma e que não conseguia acompanhar-me numa corrida, me deu uma abada de se lhe tirar o chapéu. Só o apanhei quando o meu pai passou de carro vindo do café matinal e me deu boleia nos últimos 500m.
O serial killer de galinhas matou duas aos meus pais e uma ao vizinho da esquerda. Cada noite, aí vai uma, com requintes de crueldade, pescoços estraçalhados, sangue bebido, bocados arrancados, galinhas deixadas mortas-vivas, um festim.
Ainda tivemos tempo para assistir a uma cena de filme de segunda categoria: a garagem do vizinho da direito a arder, os vizinhos a tentar ajudar com baldes de água e mangueiras esticadas ao limite, outros sacando da garagem tudo o fosse inflamável, e entretanto, a vizinha que tinha dado o alarme gritava e esbracejava, enquanto corria de um lado para o outro, gritando e ululando: ai c'a minha vijinha fica sem caja, ai c'a minha vijinha morria aqui che não foche eu, ai coitada da vijinha!!
A M. corria e brincava e eu assistia, já com um certo pânico a assombrar à janela, com a Gr. no colo, quando me pedem para ligar aos bombeiros. Quando me perguntaram se sabia o que tinha iniciado o incêndio respondi aquilo que tinha ouvido: uma bomba (do aquecimento).
UMA BOMBA??!! responde-me o homem.
Escusado será dizer que tentei explicar que não, não tinha sido uma verdadeira bomba e me fui meter dentro de casa, com a miúdas, minding my own businness, como uma boa vizinha deve fazer, perdão, vijinha.
Entretanto já estamos de volta ao norte. Ontem, o M. deixou-me em Matosinhos, em casa de uma amiga, para lanchar com as gajas da faculdade e fomos aos movies: a carnificina, do Polanski. Recomendo.
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