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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Escrevo no rescaldo da saída das listas de contratação, enquanto faço um ragu de soja, ao som de Eddie Vedder e do seu ukelele.
Estou tão, mas tão down on the dumps, que adivinho TPM.
O gajo está revoltado porque na escola onde está há 6 anos estão a fazer cortes em tudo, mas tem 24 horas lectivas e sabe que para o ano está lá outra vez porque já está nos quadros.
Está revoltado porque os cortes servem para o patronato continuar a encher os bolsos à custa do sacrifício dos professores. Nada de novo, apenas a reprodução do que se passa nos corredores de poderes maiores.
Está revoltado porque nenhum dos colegas se manifesta, com medo de represálias e de perder o emprego.
Eu estou revoltada porque de há uns anos para cá, quando deixei a RD, nunca sei que vai ser da minha vida: tenho ou não tenho trabalho? com contrato e direitos todos? a recibos verdes, pagos tarde e mal, sem direito a subsídios e com direito a pagar 200 euros mensais para a SS?
Nunca sei, por isso revolta-me um bocado a revolta tão revoltada do gajo, que tem trabalho e para já o que recebe dá para pagar as contas, embora o compreenda, estou revoltada porque não devia estar revoltada com ele, que tem todo o direito a sentir a revolta que sente.
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