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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Aos dois anos e meio, a caminho dos três, a Mr. andava demasido envolvida na sua vida, no seu mundo de brincadeira e de faz de conta. A chegada da irmã mais nova foi vivida assim com alguma indiferença: era uma coisinha que se agarrava às mamas da mãe, que ocupava a mãe, que a certa altura começou a gatinhar e a andar pela casa, mas que não incomodava.
Depois, o ser gatinhante e caminhante começou a falar e a andar atrás da irmã, a "roubar-lhe" os brinquedos, a fazer gracinhas cada vez com mais graça e, imagine-se, a dizer coisas que faziam os pais rir às gargalhadas e a indiferença teve de dar lugar ao reconhecimento da existência de um ser que pode ser competição em tudo. Graças a esse ser caminhante e exigente de atenção, a Mr. já teve de mostrar as garras, marcar território e tal valeu-lhe umas sapatadas no rabo ou nas mãos. A Mr. não sabe (claro, é tão novinha e pequena) como essas sapatadas custaram aos pais, que sabiam exatamente como seriam interpretadas pela Mr, mas sabiam também que há limites que é preciso marcar.
Agora, a Mr. é um poço de ciúme. O colo que damos à Gr, os mimos, a ajuda nas tarefas diárias, tudo tem de ser medido e dividido. Damos com a Mr. escondida atrás de cortinas porque, quando acordou, espreitou a cozinha e viu o pai a fazer cócegas à Gr, que acordou mais cedo.
Amua quando sente que a irmã está a ter mais atenção do que ela e, caramba, reconheçamos, a irmã tem mais atenção do que ela. Precisa de ajuda para muitas coisas que a Mr. já faz autonomamente e, para além disso, exige sem pudores a atenção que a Mr tem pudor em exigir, preferindo as cortinas. Como dar a volta a isto?
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