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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Eu li, a sério que li, a propósito da morte do Robin Williams, que a única safa para homens feios ou aparentemente desinteressantes era o sentido de humor.
Não sei quem escreveu (não consigo realmente lembrar-me), mas gostava de lhe mostrar isto, porque acho o Stephen Merchant um gajo bonito, na onda nerd, sim, mas bonito.
http://www.youtube.com/watch?v=R4ajQ-foj2Q
Sim, o Joseph Gordon Levitt também é bonito e encantador e talentoso, mas não é um dos autores das melhores séries de comédia, não....
Estou tão orgulhosa do meu M.
Hoje, às 18.30, foi correr e ainda fez "abomináveis".
Espero que o facto de anunciar isto aqui, expressando o meu orgulho no marido fantástico que tenho, o faça sentir vergonha de parar...
Não tentes desconstruir os meus sentimentos com as tuas racionalizações. Os meus sentimentos não são desconstruíveis, eu sinto-os e os sentimentos que sentimos não podem ser desmantelados.
Os meus sentimentos são só alteráveis.
Altera-os, por favor.
Na sexta passada, dia que seria feriado estivéssemos nós em 2012, o marido entra em casa com um saco do supermercado que só aceita multibanco a partir de vinte euros. Enigmático, disse-me que iria fazer uma sobremesa especial. Achei estranho. O marido e a cozinha só se encontram em blind dates, rapidinhas para tirar café ou pôr o guardanapo que falta (já sei que vou apanhar porrada por causa desta afirmação).
Depois de jantarmos, mandou as mulheres para fora da cozinha (esposa e filhas) e por lá ficou.
Passados uns minutos, umas unhacas negras abriram uma nesga da porta da sala, em jeito de convite. As miúdas saltaram logo do sofá, agarraram-se a mim. Rindo-me, para incentivar as miúdas, levantei-me e fui-me dirigindo para a cozinha: "ui meninas, que susto que o pai pregou! qual será a sobremesa deliciosa que vamos comer?"
Em cima da mesa da cozinha estavam quatro pratos. Cada um tinha um donuts vampiro e meia banana fantasma.
A Gr. fugiu para o escritório e até hoje diz que não quer sobremesa assustadora, quando lhe perguntamos o que quer de sobremesa. A Mr. lambeu o chocolate das bananas e disse que estava muito giro.
Apreciei imenso o esforço do pai, mas já lhe disse que da próxima vez eu trato da sobremesa e ele põe a mesa.
Diz o M. que a nova torneira da cozinha (daquelas modernaças que se podem puxar tipo chuveiro e levar a regar as plantas) foi o fim de um problema "basilar" na nossa relação: as borras do café espalhadas na banca. Já eu acho que não.
Há tipas e tipos para todos os tipos. Eu, infelizmente não sou tipa do tipo "de correr atrás de", a não ser que a minha sobrevivência esteja ameaçada.
Aceita lá isso pá!
Tu também não és tipo de tipo de "andar aí a correr para perder peso e ficar mais apetecível" e eu aceito.
Aceita-me, pá! Como sou.
Não me posso esquecer de ir lendo e relendo baby blues nos próximos tempos.
Quando as miúdas entrarem na idade estúpida, também não me posso esquecer de ler e reler os zits todos de uma ponta à outra. Se calhar, vou começar a abastecer-me.
O M. ontem comprou um corretor de imperfeições. Para ele.
Hoje, fiz barre terre e uma aula aberta de pilates.
Hoje, tenho um peso no peito. Vou atribuí-lo ao fim das férias.
O saquinho onde vinha a chouriça, com o cuzinho da dita.
O recipiente onde estava o queijo ou o fiambre (às vezes, com um nico dos mesmos).
A metade do limão, virada para baixo, mas bem esprimidinha.
São coisas que o meu marido deixa no frigorífico.
Eu cresço (em idade) e cada vez percebo menos da vida e das pessoas.
Quando éramos miúdos, regra geral, brincávamos em regime de separação: rapazes com bola para um lado, raparigas com bonecas, tachinhos, lacinhos, ou até nada, para outro.
Hoje, faz-se um jantar com homens e mulheres e tudo continua na mesma: rapazes com cerveja na mão para um lado, raparigas para outro.
Como é que se estabelece uma relação duradoura entre seres tão diferentes?
8 horas da manhã.
Gr. entra no quarto da mãe e do pai, tumba, tumba, sapatos calçados, saia vestida, sem cuecas e sem meias. "mãe, aperta!" (os sapatos).
8.15
Gr. faz birra gigantesca porque mãe lhe quer dar banho e tirar sapatos dos pés.
8.30
Gr. continua birra porque não quer sair do banho
8.35
Gr. continua birra porque decidiu que não quer vestir meias. Mãe faz chantagem: queres calçar os sapatos? Tens de vestir meias. Gr. aceita.
Gr. faz birra porque acha que as meias têm de ser azuis.
Gr. leva palmada no rabo e veste meias que a mãe quer.
8.50
Mr. faz birra porque não quer tomar banho, porque não quer vestir-se, porque tem frio....
Mr. muito aborrecida, sem vontade de fazer nada, deitada na cama da mãe.
10.30
pai telefona e pede à mãe que falte ao barre terre, por favor.
Mãe começa a passar-se! Mãe aceita fazer favor ao pai, relativamente revoltada com pensamentos assassinos e implora que pai explique porque é que tem de faltar ao momento zen da semana, se ainda por cima vai ficar em casa com filha adoentada (Mr. com 37,5 de temperatura).
10.35
Pai diz que arranjou bilhetes para mãe e amiga irem ver Adriana Calcanhoto, porque mãe está a precisar de relaxar. Mãe sem palavras.
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