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súmula

por blogdocaixote, em 16.08.22

O ano letivo 21/22 terminou com muito cansaço, parecia interminável.

As miúdas deram o seu melhor, a mais velha cansada do articulado, a mais nova aparentemente sempre na boa, nós um bocado na merda, não vamos dourar a pilula.

As férias vieram, duas semanas já foram, na costa do costume. 

A primeira semana primou pelo céu cinzento, que nos obrigou a descer pela costa até Lagos. Curtimos várias praias, com várias temperaturas, demos belos mergulhos. Tivemos a companhia da sobrinha.

Na segunda semana subimos a Odeceixe, revisitámos o Carvalhal e a Amália.

São Teotónio saiu de órbita e deslocou-se para o Punjab. As mercearias deixaram de ter produtos portugueses e cheiram a caril. 

Regressámos ontem à Batalha, mas nem vamos aquecer as camas, que hoje mesmo subimos para o norte, para festejar os 15 anos de vida da mais velha.

As férias servem para mudar geografias, especialmente as mentais. Espero que o fim destas seja o início de anos letivos mais tranquilos, de cabeças mais leves e com mais amor e paciência. 

IMG-20220813-WA0112.jpg

 

 

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publicado às 11:09

os terrenos são teus, mas a vista era minha

por blogdocaixote, em 22.06.22

O dono da quinta em frente cortou todas as árvores que nos tapavam a vista para a "porcaria".

Agora, vamos à varanda e temos uma vista nova, mais desafogada, sim, mais aberta, sim, mas não deixa de ser uma paisagem totalmente diferente. Era a minha paisagem: as árvores, a estrada pitoresca que subia, cheia de sombras.

Dispensava esta abertura de vistas diretamente para a pequária, dispensava aquele muro feito de blocos de calcário, a estrada mais larga, a visão dos tejadilhos a passar na autoestrada fantasma lá em cima (até isso agora vejo).

Eu sei que os terrenos são do dono da quinta, que ele tem o direito de fazer o que lhe apetecer, mas também acho que quem pode mexer assim com as vistas dos outros cidadãos também devia ter de consultar os cidadãos afetados. 

 

 

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publicado às 18:11

bois will be bois

por blogdocaixote, em 11.05.22

As doenças sexualmente transmissíveis são assim chamadas - transmissíveis - porque passam, única e exclusivamente, entre as mulheres. Não há homem que as tenha e que, por via de as ter, as passe às mulheres.

As gravidezes, já agora, são também da responsabilidade exclusiva da mulher, que circula pela vida a recolher esperma alheio, à revelia do macho.

Senhor Doutor médico de família, ensine as suas doentes a controlarem os ímpetos sexuais e a não angravidarem. Ou então, deixe-se lá disso de permitir IVGs só porque a paciente "pede". Continue também a não solicitar exames de diagnóstico de problemas provocados por relações sexuais desprotegidas. Assim, as possíveis doenças sexualmente transmissíveis não aparecem nas suas fichas, a sua reputação (do sr. dr.) não é manchada.

Em relação aos seus doentes machos, deixe-os lá andar livres e soltos. Afinal isto das consultas de planeamento familiar é só para mulheres. Os homens não planeiam nada, a gente já sabe. Boys will be boys, não é?  

 

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publicado às 12:54

desmazelo (de deixar de zelar)

por blogdocaixote, em 23.04.22

Escrever "lembro-me como se fosse hoje" não seria verdade, mas lembro-me bem de chegar a casa deles e vê-la, recém mamã, enfiada num par de velhas calças de fato de treino e uma sweat estragada, manchada de lixívia.

Sentámo-nos no sofá, com o bebé entre nós, e fomos pondo a conversa em dia. Eu estava muito longe de vir a ser mãe, acho até que ainda estava na faculdade, não sabia nada de nada.

Lembro-me de olhar para ela e pensar que nada justificava aquele desmazelo.

Lembro-me muitas vezes deles e dela especialmente. Como eu não sabia nada de nada.

Lembro-me muitas vezes dela, especialmente em dias como hoje, enfiada num par de calças de ioga e numa sweat da pantera cor de rosa. Ela tinha acabado de ser mãe. Eu não tenho "desculpa" parecida.

Talvez o modo covid, mas será que este justifica o desmazelo? 

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publicado às 19:06

Ao décimo nono dia do mês de abril de 2022, dois anos e picos depois do início da pandemia, os adultos desta casa testaram positivo, com sintomas, ao Covid19.

Nessa noite, a nossa gata deu sinais de morte e deixou-nos de madrugada. 

A minha Pata. A nossa Pata. 

 

 

 

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publicado às 19:13

notas soltas para memória futura

por blogdocaixote, em 09.04.22

A adolescência dos nossos filhos é um veneno que os pais vão tomando em doses homeopáticas. Eventualmente, eles crescem e deixam de o despejar no café ou nas bebidas e o que houver no sangue é excretado.

Para já, sinto-o nos meus poros todos.

Há umas semanas, voltámos (o grupo de teatro do qual faço parte) aos palcos.

O Marco perguntou-me há quanto tempo eu não me sentia feliz e eu fui capaz, sem sombra de dúvidas, de responder que me senti muito feliz no palco no fim de semana em que regressámos. Tanto, que desisti de desistir do grupo. 

O meu cabelo está cada vez mais branco. Os meus cabelos brancos não me incomodam por serem brancos. Incomoda-me o serem parvos, com uma estrutura completamente diferente dos outros que ainda não embranqueceram. Não são lisos, mas também não são ondulados. Fazem da minha cabeleira uma coisa estranha. O meu cabelo anda a contribuir, em parte, para o meu estado atual de estar um bocado na merda. É absolutamente "redículo", eu sei, um problema de primeiro mundo e de um mundo onde não temos de nos esconder em bunkers para nos safarmos de uma bomba, eu sei. 

Meio sistema de ensino está em pausa letiva mas nós em semestre, o que significa que pausas não são para nós. Pessoalmente, não tenho nada de bom a dizer disto da semestralidade. Nunca estive tão cansada e, provavelmente, tão ranzinza. 

Está esclarecida a minha ausência do caixote, nem eu me aguento. 

 

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publicado às 15:17

é só negas!

por blogdocaixote, em 21.01.22

Eu: pingo no nariz, dor de cabeça, umas vezes leve, outras mais chata, às vezes o corpo pesado, arrepios de frio... mas os testes feitos em casa continuam a dar negativo.

A mais nova: dores de barriga pela manhã, dores de garganta à noite... mas os testes feitos em casa continuam a dar negativo.

Ele: dores de cabeça, cansaço...mas os testes feitos em casa continuam a dar negativo.

Nunca chumbámos tanto, com a impressão contínua de que o professor se está a enganar na correção do teste. 

Amanhã vou levar o material para análise ao professor antigéneo, que ao contrário do que o nome indica, deve ser mais inteligente do que o outro.

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publicado às 15:41

para memória futura (natal, 2021)

por blogdocaixote, em 09.01.22

Este ano letivo terminámos as aulas a 22 de dezembro (por estarmos em semestres). No dia 23 fomos para o norte. Arrumámos malas e malotes, enchemos o carro e saímos.

Tivemos tempo para ir dar umas prenditas e por volta das seis da tarde já trocávamos os bs pelos vs.

O Natal foi passado na casa da avó paterna, com o costumeiro bacalhau cozido com batatas e o cabrito assado.

No dia 26 fizemos outro natal com os tios e a sobrinha. No dia seguinte, fomos em excursão a Braga, comer aquela que dizem ser a melhor francesinha. 

No dia 29 deixei marido e miúdas e rumei às beiras, com os meus pais. Li muito, dei umas voltas a pé, aqueci os pés à lareira. 

A sobrinha apareceu para passar a noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro. No primeiro dia do novo ano apanhámos o comboio na estação de Belmonte e fomos até à Guarda. Este pedaço de linha, que esteve desativado durante uns anos valentes, voltou ao ativo no verão e vale a pena. 

Em casa, com a sobrinha, não houve tempo para aborrecimento.

As miúdas e o pai juntaram-se a nós no dia 2. Foi um regabofe de brincadeira entre primas.

Passámos a semana de contenção de contactos por lá. Demos um salto à serra.

Entre trabalhos de casa que não tinham sido feitos, jogos e brincadeiras, delas, trabalhos de formação meus, passou-se a semana. 

Amanhã regressamos à escola e, pela sondagem que fiz, está tudo sem vontade. 

Deve ser desta porcaria de momento em que vivemos, cheio de virus e medidas de contenção. 

Vamos esperar que, entretanto, o tempo nos dê algum ânimo. 

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publicado às 18:06

os vídeos

por blogdocaixote, em 08.01.22

Foi no segundo ano em que celebrámos o aniversário do pai, no Luso.

Estavam elas e ele a deleitar-se numa piscina em inícios de outubro, quando me lembrei que seria engraçado fazermos um vídeo a desejar bom natal, a malta toda enfiada na piscina.

Definimos uma situação parva, eu meti-me também dentro de água até à cintura e em dois ou três takes tínhamos tudo filmado, com muita gargalhada e tremeliques de frio (meus) à mistura.

No ano seguinte, ainda fizemos umas cenas em que saímos de milheirais (assim uma coisa muito à la Shyamalan) em altos berros, desejando feliz natal, mas acabámos por nos filmar no sofá da sala, cada um com o seu instrumento musical, compondo uma sinfonia estridente e desencontrada, digna de um filme terror. 

Este ano, as miúdas amordaçaram-nos e deixaram-nos no chão atados, enquanto se filmaram desejando boas festas e que toda a gente se livrasse dos problemas, tal como elas se tinham livrado dos delas, mostrando os pais no chão. 

Tal como o calendário do advento, advogo a realização destes vídeos patetas até ser velhinha. 

 

  

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publicado às 09:00

só para inaugurar o marcador

por blogdocaixote, em 07.01.22

Deixa cá deixar alguma coisa registada, para dar início ao calendário deste ano, que começou há sete dias.

Ontem fomos à serra (da Estrela) e juntámo-nos às familías inteiras em confinamento e a deslizar pela neve na Torre.

Hoje, fomos, os adultos, à "casa aberta" aqui da terra receber a terceira dose da vacina covid. 

Temos malas para fazer e tudo para arrumar, após estas semanas fora de casa, mas eu ainda acalento a esperança/receio de que o regresso às aulas seja online.

Deixo assim a coisa, entre barras, porque é mesmo um misto de esperança e de receio. Por um lado, a perspetiva de não ter de me levantar todos os dias antes das sete da manhã e de não ter de andar de um lado para outro e, por outro, o receio de ter de voltar ao pesadelo do ensino à distância. 

Bom ano!

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publicado às 15:50


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