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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
A Gr. é uma miúda meiga, que gosta de dar beijinhos assim do nada, que adora ouvir que gostamos dela e faz assim um ar entre o comprometido, embaraçado e o deliciado, com a cabeça para baixo que me deixa perdida de amores.
Há cerca de ano e meio, saímos de uma consulta de psicologia do desenvolvimento com o coração aos pulos.
A Gr. recusava ir para a escola, a educadora começou a puxar mais por ela, para que ela se envolvesse com o grupo e participasse nas atividades conjuntas e chegou à conclusão de que havia ali um bloqueio qualquer. Começámos por pensar que seria apenas uma inadaptação à escola, mas achávamos estranho.
A educadora, atenta e também preocupada, perguntou-nos o que achávamos da ideia de ela ser observada em sala por uma psicóloga que já há alguns anos colaborava com a escola. Concordámos e aguardámos a dita observação.
O que nos comunicaram então não foi propriamente novidade: a Gr. era uma criança um "bocadinho" anti-social.
Brincava muito bem sozinha, fazia os seus jogos sozinha e, nos momentos de grupo, ficava, não só calada, mas também alheada do que estava a passar-se e esse alheamento era voluntário.
Em casa, era frequente vê-la a brincar sozinha, mesmo quando havia amigos, mas tínhamos aquela secreta esperança de que na escola a coisa fosse diferente.
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