Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
A Gr. tem aquilo que chamo a palavra da semana. Normalmente, é uma palavra inventada, composta pela justaposição de duas palavras ou pela inversão de uma.
Aqui há uns tempos não se cansava de repetir "espirote" e na semana passada o que mais ouvíamos era "piroca, piroca". Mais uma vez, acredito que haja aqui um daquele processos a que ela recorre para inventar a sua linguagem. Ela não tem acesso a palavrões, nunca aqui em casa se usou o conceito de piroca para nada, o máximo que ela ouve de asneiras (palavras feias) é merda, dito por mim quando me chateio e pela avó dade ("alguém limpe a merda da gata, se faz favor").
De cada vez que lhe saía, eu e o M., se estávamos presentes, encolhíamo-nos de riso, mas nunca dissemos nada. Ela não fazia ideia e não nos fazia sentido esclarecê-la.
No entanto, eu temia o dia em que alguém lhe diria que ela andava a dizer palavrões.
Só nunca imaginei que esse esclarecimento viesse de uma colega da turma.
Por que carga de água é que uma criança de seis, sete anos sabe que piroca é asneira feia? Que conversas ouviu?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.