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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Este ano, decidi que ia usar lentes de contacto.
Fui ao oftalmologosta que, por acaso, era uma oftalmologista e ela passou-me uma receita para óculos e outra para lentes.
Deixei andar uns meses a marinar e nas férias da páscoa fui à minha óptica (que fica um bocadinho desviada da Batalha, aí perto de 200 kms) e falei com as meninas que já me conhecem há uns bons dez anos.
Mandou-se vir um kit de iniciação e lá fui eu toda contente fazer o teste. Devo ter demorado uma meia horita a acertar com as lentes nojolhos, mas saí de lá toda trocada mais sexy.
Segui viagem para Belmonte, com a informação toda e ansiosa por iniciar a minha nova vida, fazendo contas às horas mais cedo a que teria de me levantar para acertar com as lentes nojolhos.
No dia seguinte, toda contente, lá fui eu meter-me na casa de banho - não me incomodem, vou pôr as lentes.
A lente direita entrou passados uns bons dez minutos! Ena pá!
Abri a tampinha da esquerda, meti o dedinho e andei ali às voltas com o dedinho e nada de lente. Caneco! perdi a lente esquerda! Calma, calma, não perdeste coisa nenhuma porque eu sei sem sombra de dúvidas que a meteste na caixinha. Tu mete lá outra vez o dedinho. Depois de muito meter o dedinho, dou com a lente colada na tampinha. Melhor assim. Coloquei-a (só devo ter demorado uns cinco minutos) e fui para a rua toda contente.
Desde esse dia, nunca mais foi 100% confortável estar de lentes, daí que tenho andado mais de óculos. Já sou mais rápida a colocá-las mas hoje foi o cúmulo.
Coloquei a direita num tempo recorde de cerca de um minuto e depois a esquerda.
Fui levar as miúdas à escola, tomei café, fiz umas compritas domésticas e vim para casa. Quando me sentei ao computador para trabalhar, o meu olho direito não estava a focar como devia ser e resolvi tirar as lentes. Comecei pela direita (sempre me foi mais fácil tirá-las do que pô-las) e quando vou à esquerda (rais partam) não sai nada.
Andei duas horitas com uma lente, provavelmente a esquerda, no olho direito e o olho esquerdo, tadinho, andou sem nada.
Agora, não há nada a fazer a não ser deitar fora esta que tenho, porque não há maneira de saber de que olho é efetivamente.
O meu olho esquerdo dói, do que andei para lá a escarafunchar e cá estou eu de óculos.
E frustrada também.
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