Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Eu não sei o nome da Sensinha, sei que é a Sensinha porque é assim que todos se referem à velhinha de metro e quarenta que anda para baixo e para cima, com as mercearias da família.
A Sensinha não falha um ensaio de teatro. Se falha, sabemos que está doente.
A Sensinha é a primeira a decorar as suas falas e as suas deixas e nunca as falha, ainda que a dentadura lhe salte com o nervosismo. Deixa a canadiana que a ajuda a deslocar-se no dia a dia, e lá sobe ela ao palco, sejam muitas ou poucas as escadas.
A Sensinha é a senhora que leva sempre uns pastéis de bacalhau ou um bolinho feitinho mesmo hoje de manhã, comam, comam que saiu do forno há bocadinho.
A Sensinha caiu do palco no sábado à noite, em Ermesinde e o "engraçado" é que todos vimos a queda em câmara lenta, o corpo pequenino da Sensinha a rebolar palco abaixo.
No domingo de manhã, a Sensinha chegou à hora marcada para partirmos para Guimarães, independentemente de ter o corpo cheio de mazelas da queda.
Deus dê muitos anos de vida à Sensinha.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.