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balanço (desta vez é a sério)

por blogdocaixote, em 28.12.17

Um momento inédito, por aqui, e único, provavelmente.

Nestes dias, andei para trás e para a frente no blog com a intenção de recordar o que de mais importante aconteceu neste ano e chego à conclusão de que preciso destas baboseiras escritas, porque sem elas parece que nada aconteceu.

Estivemos 8 meses sem televisão mas nem por isso deixámos de andar agarrados a outros écrans.

Arranjámos 4 animais de estimação dos quais nem nos lembramos e dois quais dois já foram à vida, mas os que ficaram permanecem miraculosamente vivos em águas turvas de um aquário kitch.

Fui à Madeira, o M. andou pela primeira vez de avião e portou-se muito bem. 

Completei 10 anos de casada, o que, não sendo nada de especial, é um feito nos dias que correm, com dois feitios tão diferentes juntos na mesma casa.

Fui a Coimbra sozinha e perdi-me, mas encontrei o caminho, atrás de um autocarro de 70 lugares.

"Dei" um uorqueshóp de teatro a miúdos.

Comprámos um jipe velho e já percorremos metade dos montes que há para percorrer. 

Fomos à serra e andámos a brincar na neve em t-shirt.

As miúdas passaram uma noite fora de casa, connosco e com a Rita e o Rui, em Lisboa. Passeámos por Belém, fomos a uma exposição que não valeu um tostão furado, mas foi giro ver as nossas filhas a desfilarem com à vontade e desenrascanço pelas ruas da capital.

Em maio fiz 40 anos. O M. "promoveu" duas festas surpresa, uma na batalha e outra em baltar. Senti-me estranhamente embaraçada com a presença de tantas pessoas a darem-me os parabéns.

Por esta altura comecei seriamente a pensar em livrar-me da vesícula. Andava sempre mal disposta, com digestões difíceis. Ficarão na minha memória os dias que passei de cama após uns jantares mais regados (acho que deixei de beber álcool desde junho). 

Largámos Odeceixe após anos e seguimos para mais a sul. Passámos férias em Tavira e depois em Aljezur. São essas semanas de praia que nos carregam baterias e é nessas semanas que podemos estreitar laços com a sobrinha mais nova.

Em finais de agosto os meus pais venderam a casa de baltar. Já andávamos a despejá-la desde julho e de uma casa onde se viveu mais de trinta anos há muito para despejar. No dia 30 de agosto, já com a casa vazia, fui assaltada por um breve sentimento de tristeza (uns dois minutos). Afinal, foi naquela casa que vivi a maior parte da vida. Não deixa de ser irónico que não sinta saudades nenhumas.

Em setembro fiquei desempregada, mais uma vez e as miúdas recomeçaram a escola. A Mr. chegou ao segundo ciclo e a Gr ao segundo ano. Para já corre tudo bem e até a audição de trompete foi um sucesso.

Em Outubro os meus pais finalizaram a compra do apartamento onde estou agora a escrever estas linhas. 

Comecei a dar aulas em Pombal. E a vida correu normalmente. Em novembro fui à faca e ainda ando a recompor-me. Descobri uma calcificação no ombro esquerdo que explica as minhas dores e que me "congelou" no dia 1 de dezembro. Senti tantas dores que acabei no hospital. Umas centenas de euros gastos em fisioterapia depois já levanto o braço,mas não tenho força para fazer exercício. Estou desde julho sem ir ao ginásio e cheira-me que não volto tão cedo.

 

Não foi um ano cheio de viagens, de acontecimentos espetaculares. Foi mais um ano. E este balanço só serviu para perder tempo. De certeza que me esqueci de algo que na ótica de alguém eu não deveria ter esquecido e depois vou-me sentir culpada, por isso, balanços só no parque de diversões.

 

 

 

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publicado às 15:08


2 comentários

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marrocoseodestino a 28.12.2017

Já não passava aqui à tanto tempo que foi bom ler este post. Fez-me ter a certeza que perdi muitos posts.
A coisa por aqui anda louca. Vivo entre perito de seguro, obras, condomínio, ansiedade e felizmente esperança. Sim que rapidamente possa tirar partido da casa que comprámos e que a minha vida volte ao normal.
Feliz ano.
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blogdocaixote a 28.12.2017

Feliz ano. Que passem depressa essas coisas todas que te impedem de apreciar a casa.

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