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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
No fim da primeira semana de aulas, aquela avó foi falar com o M., na qualidade de encarregada de educação, levando consigo uns tomates e uns ovitos.
O M. aceitou, com muitos protestos e agradecimentos, envergonhado e sem saber bem que postura adotar. É que já não é comum, isto de pais e avós levarem aos professores bens comestíveis, pelo menos nas terras por onde tenho andado.
Nessa noite fizemos logo uma salada de tomate. Oh delícia de tomates. Acabaram-se num instante. Pedi ao M. que descobrisse onde ficava a "quinta" da senhora para ir lá comprar tomates. Gostamos de tomates, daqueles bem doces e sumarentos, que fazem molho no fim, onde podemos mergulhar uma fatia de pão. Os tomates da senhora, salvo seja, eram assim.
Passados uns dias, a senhora foi avistada e o M. comunicou-lhe a nossa vontade de lhe comprar alguns bens, que a "minha esposa ficou maluca com os seus tomates". A senhora, entusiasmadíssima, lá concordou, depois de muita discussão, em vender ao professor marco uns tomatitos e uns ovos. "eu antes preferia que o professor lá na escola pagasse um sumo ao meu rapaz." "eu pago-lhe os tomates e a senhora dá ao seu rapaz o dinheiro." "sr. professor deixe la eu dar os tomates." "assim não quero, se não me deixar pagar não quero" "está bem, está bem."
Ontem, chego a casa e em cima da mesa estava uma bacia de tomates, um balde de ovos e uma saco cheio de cebolas e a bacia dos tomates foi oferta da casa "para a sua senhora se lembrar de mim". E não é que me vou lembrar?
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