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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Às vezes, o tempo é contado ao segundo.
Acordamos e saímos da cama, não nos tocamos exceto nas ombreiras das portas, entre uma divisão e outra, cada um entregue aos seus afazeres matinais. Depois, saímos de casa, encostamos os lábios e dizemos adeus, faço-te uma festa na cara e tu no meu cabelo.
Às vezes, só há tempo e espaço para uma breve conversa por telemóvel, uma troca breve de "tudo bem? sim e tu?"
Às vezes, não te vejo à luz dia.
Mas, à noite, quando chego à cama, ainda que estejas mais a dormir do que acordado, o teu braço quente procura-me e puxa-me para ti. Encostas a tua cara ao meu pescoço e sinto o teu cheiro. Ficamos assim e sei que apesar do tempo contado não permitir mais, o tempo somos nós que o fazemos.
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