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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Nas vésperas de descermos ao Algarve fui com o M. a Coimbra. Ele foi fotografar uma blogger / doceira para a revista dos produtos Amanhecer.
Gosto de ir com ele, por vários motivos, entre eles conhecer pessoas novas envolvidas em trabalhos interessantes e desta vez não foi exeção. Se calhar, já muita gente ouviu falar na Mafalda Agante, do blog "Há alguém mais gulosa do que eu", mas eu não fazia ideia de quem era.
Chegámos a Coimbra um pouco antes da hora marcada e o M. foi partilhando comigo as ideias que tinha para as fotografias.
A Mafalda chegou uns minutos atrasada, com sacos e caixas, desculpou-se muito, visivelmente aborrecida consigo por nos ter feito esperar, ainda que tenha sido por pouco tempo, e começou a "montar" a sua loja com os bolos que tinha trazido para serem forografados juntamente com a própria.
A lojinha onde vende os seus doces e outros tradicionais, vindos de vários pontos do país, é pequenina, mas de muito bom gosto, assim como a louça onde os apresenta.
A Mafalda, à nossa frente, foi dispondo os doces que trazia, enquanto o M. ia fotografando tudo o que podia, exeto a doceira. Todas as ideias que o gajo tinha para a fotografar eram postas de lado, a Mafalda não queria ser fotografada. Eu comecei a passar-me um bocado, estava cheia de fome, ver passar diante de mim toda uma série de doces e não os poder comer mais a atitude da rapariga já me estavam a deixar mal disposta. Saí de cena e fui dar uma volta. Lanchei umas cenas saudáveis e regressei à loja.
O M., falando disto e daquilo, fotografando daqui e dali, já tinha feito grande parte das fotografias que tinha levado na cabeça fazer. Afinal, a Mafalda era apenas uma rapariga que acha que fica mal em todas as fotografias e o fotógrafo foi-lhe dando a volta, conseguindo fotografias giras.
No final, arrumámos o material e estávamos prontos para sair quando a Mafalda nos perguntou o que queriamos lanchar. Atenção, ela não perguntou se queriamos lanchar. Fez-nos sentar na única mesinha que existe no interior da loja e, com gosto e orgulho, foi-nos dando a provar TODOS os doces que são feitos por ela que nós conseguimos comer. Nunca comi um toucinho do céu tão bom. Ainda me babo quando me lembro da orgia de doçaria que para ali houve.
E, quando achávamos que era tempo de ir embora, começou a pôr em caixas fatias de TODOS os outros doces que não conseguimos comer na loja.
Que tarde extraordinária.
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