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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Quando a Mr. nasceu, foi levada para a incubadora. Vi-a pela primeira vez no dia seguinte, peguei nela pela primeira vez nesse dia seguinte, ao final da tarde, se a memória não me engana. Dei-lhe de mamar passados dois dias. Foram dias surreais.
Quando a Gr. nasceu, fiquei uma horita no recobro, à espera que as pernas voltassem a ser minhas. Quando saí do recobro, puseram-na em cima de mim, já lhe tinham dado suplemento (os cabrões) e fui com ela para cima. Estivemos sempre juntas e lembro-me de quase tudo.
À medida que foi crescendo, a Mr. não dava sinais de saber que eu era a "special one". Ficava com toda a gente, sem choros, sem fitas, quando eu regressava vinha para o meu colo como se o meu colo fosse mais um e houve uma fase, após o meu regresso ao trabalho, em que a "special one" era a avó. Foram dias tramados. Aquela caramela, para quem eu devia ser tudo, tratava-me como mais uma.
A Gr. dependia de mim para tudo e agarrava-se ao meu pescoço para que não a levassem do meu colo, na escola ficava o dia inteiro a chorar, primeiro, a choramingar depois, pela mãe.
Sem avaliar o que foi melhor ou pior a médio, longo prazo, para mim ou para elas, ninguém me tira a ideia de que foram aquelas primeiras horas após o parto que fizeram toda a diferença.
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