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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Eu nunca poderia ser minimalista!
Aqui há uns tempos estava eu a ler um post sobre destralhar a casa, já depois de ter tido contacto com o blog da senhora que tem um gato às riscas e bateu-me a revelação.
É verdade que acho que a minha casa tem porcarias de mais, é verdade que me faz confusão a quantidade de merdinhas que o M. consegue acumular, como mesmo depois de passar um dia a "arrumar" o escritório, ele fica na mesma, com os mesmos papeis, as mesmas pedras (minerais, minerais!), os mesmos fosseis, as mesmas máquinas e lentes, os mesmos fios.
É verdade que já me fui livrando de loiça e roupa e brinquedos que já não usamos, mas...
Gosto muito das estantes cheias de livros e não me passa pela cabeça desfazer-me de qualquer um, ainda que possivelmente não volte a lê-los, sei a história de quase todos e todos estão ligados a pessoas ou momentos da minha vida.
Gosto das fotografias nos mais variados sítios e nas mais variadas molduras.
Gosto de receber gente em casa e preciso da mesa mais as seis cadeiras da sala, mais as quatro da cozinha e até dos bancos de plástico que andam por aí.
Gosto de cozinhar para muita gente, por isso preciso das panelas grandes e dos tachos e dos tabuleiros de ir ao forno.
Os livros de bebé, apenas imagens e pequenas palavras, serão os primeiros livros que as minha filhas hão-de ler.
Gosto de abrir aquelas caixas que estão em cima da cómoda e as outras em cima do aparador e ver o bilhete da primeira ida ao cinema da Mr., o guardanapo do café onde estava com o M. a primeira vez que nos encontrámos...
Gosto de saber que a minha vida tem uma história que pode ser traçada pelas coisas físicas e materiais que acumulo.
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