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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Ah caramba, pareces uma miúda, dizem as pessoas que me veem de sapatilhas e calças de ganga.
Ah, sinto-me uma miúda, no espelho, de calças de ganga e sapatilhas com atacadores cor de rosa.
Ah, pôrra, estou com as articulações todas lixadas depois destas últimas corridas.
Dasse, doem-me os joelhos, as minhas costas estão todas lixadas e o meu pescoço parece uma pedra de tanta tensão acumulada.
É fenomenal a diferença que existe entre o que vai na nossa cabeça e o que se passa no nosso corpo.
Pensamos que somos novos, sentimo-nos novos, mas o corpo lixa-nos o esquema.
Estou a caminho dos 38 (até dói pensar nisso), mas na minha cabeça sou uma miúda de vinte e poucos.
Depois, vejo as fotografias de anos passados e comparo-as com as mais recentes, onde as olheiras me chegam ao pescoço e percebo que os anos que aparentemente não me passam no espírito, me estão a passar para o corpo.
Na minha cabeça sou uma miúda de vinte e poucos anos, mas os joelhos lixados e as costas cheias de contraturas lembram-me que efetivamente estou a caminho dos quarenta e dói só de pensar.
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