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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Na altura em que George Floyd foi assassinado por um polícia nos EUA, levantaram-se as vozes negras gritando black lives matter e eu, do alto da minha ignorância e do meu privilégio, pensava com os meus botões que sim senhora, black lives matter, all lives matter. Entretanto, fui lendo aqui e ali que fazia sentido manter o grito associado às vidas de negros, especialmente nos EUA e queria perceber porquê.
Na minha cabeça, não era sinal de qualquer tipo de racismo enfatizar que todas as vidas importam, mas havia vozes que diziam que sim, que era preciso perceber a história dos negros e ver a coisa pelo ponto de vista dos negros. Nos meus feeds apareciam referências a autores como Maya Angelou, James Baldwin ou Viola Davis, entre outros.
Acabei agora o livro da Angelou Sei porque canta o pássaro na gaiola, e posso afirmar que assim começou a minha educação.
A escrita é escorreita e ao mesmo tempo poética. Houve momentos de gargalhadas, que tive de abafar por estar a ler em público e outros em que percebi um pouco da razão por trás da necessidade de enfatizar que a vida dos negros interessa, porque é que os negros do sul são tão religiosos, o porquê do bling bling dos rappers e daquela forma de vestir para mim espampanante e o porquê de uma série de coisas que me faziam confusão na cultura negra dos EUA.
Queria muito ler os restantes volumes que narram a vida da autora, Baldwin e Alice Walker e outros.
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