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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Fomos à cidade ver o espetáculo "Canções da Maria".
Deve haver uma explicação psicológica para o facto de a cantora ter sentido necessidade de dar ao marido um papel, tendo de o transformar numa criança chamada Matias, que atua ao lado das filhas.
Deve também haver uma explicação para o facto de a minha filha mais nova ter começado a berrar que nem uma cabrita, logo no início da segunda parte "eu tenho fome, mas eeeeuuuuu teeeenhoooo foooooomeeeeeee!!" depois de ter engolido uma barra de kinder bueno e uma bolacha oferecida pela vizinha do lado.
Senti vergonha, senti, perante os gritos da miúda esfomeada, que faz dieta em casa.
Vários foram os braços estendidos, de gente que eu não conhecia de lado nenhum, mas que sofria com a miúda ou então por causa dos gritos da miúdas, estendidos dizia eu, com bolachas e bonbons. Houve até uma senhora que me meteu meio pacote de mentos na mão, assim à laia de quem diz "toma lá isto e vê se a miúda se cala, pá!" e ela calou-se o tempo em que mamou dois mentos de seguida, após o que recomeçou aos berros. Saí da sala, deixei a mais velha com a R. Luz da minha vida e a mais nova calou-se. Andou entretida a saltar e a pular enquanto o espetáculo não acabava.
A explicação deve ser, ocorre-me agora, a duração do "show". Duas horas para criancinhas deve ser muito.
Salvou-se a Mr. que aguentou tudo bem disposta e acho que até gostou. Tenho mulher.
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