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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Sou a primeira a levantar-me (durmo mal). Cozinha, pequeno-almoço de pão torrado e cevada (deixei o leite). Cirando pela casa, faço coisas pequeninas, ando meia perdida.
Quando o resto da casa se levanta, tomo banho e visto-me. Nos primeiros dias, sem problemas, nos últimos empurrando-me a mim própria. É difícil decidir o que vestir. As calças de ginásio têm sido as minhas colegas. Nos primeiros dias não, vesti calça de ganga. depois de vestida e calçada tiro um café e a mexê-lo saio. Subo um bocadinho da rua e assobio. A rita vem à janela e tomamos café assim, ela na varanda e eu cá em baixo. A júlia vem dizer bom dia e mandar coisas cá para baixo. Gosta que eu as devolva várias vezes.
Jogamos conversa fora.
Volto para casa. lavo as mãos. oriento trabalho, meu e delas. nos primeiros dias foi a loucura. (agora, estou numa espécie de limbo, não posso continuar dependente de uma página web onde quase nenhum aluno põe os pés, se já era difícil fazê-los trabalhar em tempo de aulas agora é impossível).
Faço almoço, arrumo cozinha, estendo roupa, volto a orientar trabalho das miúdas. o whatsapp não pára, nos primeiros dias o telemóvel fumegava.
faço jantar, arrumo, enterro-me no sofá.
Entretanto, já dei por mim a limpar portas e rodapés. faço exercícios todos os dias, com a mais nova. vejo netflix.
se saio à rua (aconteceu duas vezes), instintivamente afastei-me de tudo o que era gente.
Será que vamos ser capazes de abraçar e beijar quando isto passar?
deito-me mais ou menos cedo, mas durmo mal.
Amanhã é outro dia.
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