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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Escrever "lembro-me como se fosse hoje" não seria verdade, mas lembro-me bem de chegar a casa deles e vê-la, recém mamã, enfiada num par de velhas calças de fato de treino e uma sweat estragada, manchada de lixívia.
Sentámo-nos no sofá, com o bebé entre nós, e fomos pondo a conversa em dia. Eu estava muito longe de vir a ser mãe, acho até que ainda estava na faculdade, não sabia nada de nada.
Lembro-me de olhar para ela e pensar que nada justificava aquele desmazelo.
Lembro-me muitas vezes deles e dela especialmente. Como eu não sabia nada de nada.
Lembro-me muitas vezes dela, especialmente em dias como hoje, enfiada num par de calças de ioga e numa sweat da pantera cor de rosa. Ela tinha acabado de ser mãe. Eu não tenho "desculpa" parecida.
Talvez o modo covid, mas será que este justifica o desmazelo?
Ao décimo nono dia do mês de abril de 2022, dois anos e picos depois do início da pandemia, os adultos desta casa testaram positivo, com sintomas, ao Covid19.
Nessa noite, a nossa gata deu sinais de morte e deixou-nos de madrugada.
A minha Pata. A nossa Pata.
Eu: pingo no nariz, dor de cabeça, umas vezes leve, outras mais chata, às vezes o corpo pesado, arrepios de frio... mas os testes feitos em casa continuam a dar negativo.
A mais nova: dores de barriga pela manhã, dores de garganta à noite... mas os testes feitos em casa continuam a dar negativo.
Ele: dores de cabeça, cansaço...mas os testes feitos em casa continuam a dar negativo.
Nunca chumbámos tanto, com a impressão contínua de que o professor se está a enganar na correção do teste.
Amanhã vou levar o material para análise ao professor antigéneo, que ao contrário do que o nome indica, deve ser mais inteligente do que o outro.
Este ano letivo terminámos as aulas a 22 de dezembro (por estarmos em semestres). No dia 23 fomos para o norte. Arrumámos malas e malotes, enchemos o carro e saímos.
Tivemos tempo para ir dar umas prenditas e por volta das seis da tarde já trocávamos os bs pelos vs.
O Natal foi passado na casa da avó paterna, com o costumeiro bacalhau cozido com batatas e o cabrito assado.
No dia 26 fizemos outro natal com os tios e a sobrinha. No dia seguinte, fomos em excursão a Braga, comer aquela que dizem ser a melhor francesinha.
No dia 29 deixei marido e miúdas e rumei às beiras, com os meus pais. Li muito, dei umas voltas a pé, aqueci os pés à lareira.
A sobrinha apareceu para passar a noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro. No primeiro dia do novo ano apanhámos o comboio na estação de Belmonte e fomos até à Guarda. Este pedaço de linha, que esteve desativado durante uns anos valentes, voltou ao ativo no verão e vale a pena.
Em casa, com a sobrinha, não houve tempo para aborrecimento.
As miúdas e o pai juntaram-se a nós no dia 2. Foi um regabofe de brincadeira entre primas.
Passámos a semana de contenção de contactos por lá. Demos um salto à serra.
Entre trabalhos de casa que não tinham sido feitos, jogos e brincadeiras, delas, trabalhos de formação meus, passou-se a semana.
Amanhã regressamos à escola e, pela sondagem que fiz, está tudo sem vontade.
Deve ser desta porcaria de momento em que vivemos, cheio de virus e medidas de contenção.
Vamos esperar que, entretanto, o tempo nos dê algum ânimo.
Estamos em casa, em modo E@D (porque daqui a uns anos não me vou lembrar: dois colegas testaram positivo para Covid e a turma veio toda para casa no mesmo dia). A mesa da sala é um mundo onde se misturam as cenas dela e as minhas, às quais se vieram juntar as prendas para embrulhar.
O calendário segue, com os percalços do costume.
O que já fizemos, desde a última atualização? nem sei.... um jantar à luz das velas e pouco mais. É a vida a acontecer.
Hoje é dia de comer o nosso chocolate preferido, amanhã de jogar uno.
Siga.
A mais velha conseguiu a proeza de ficar em isolamento provisório duas vezes no mesmo mês, uma vez à conta dela, desta vez à conta de um caso positivo na turma.
O pai esteve em casa quatro dias, à conta dele e de uma rinite marada que lhe deu metade dos sintomas do covid
Eu e a Guiomar vamo-nos safando, pelos pingos da chuva.
Estamos, a partir da próxima semana, em estado de calamidade. Vamos ver o que os próximos dias nos trazem para além do expectável.
Beijinhos a todos.
Dor de garganta, dor de cabeça, nariz entupido e muito lenço espalhado pela casa. Tosse, tosse.
Ao fim de quatro dias, os dois últimos marcados pela tosse, liga-se para a Saúde24, só naquela, por descargo de consciência, que isto não passa de uma constipação, fruto deste tempo marado.
Saúde24 manda ficar em casa (ontem) e, nos minutos seguintes, envia declaração de isolamento provisório e "receita" para teste covid.
Nós abananados, ficámos com uma filha em isolamento provisório.
- Mas... mas... que foi isto?
Entretanto, há que salientar a forma eficaz como tudo se sucedeu.
O teste fez-se hoje de manhã, o resultado, negativo, já chegou e agora aguardamos o contacto para liberação.
Foi a nossa primeira experiência covidiana. Não venham mais, está bem?
Duas vacinas (as que explodem coágulos).
Um teste (o primeiro até agora), com resultado negativo (mau era!).
Uma filha de férias, em estado histérico. A outra ainda a frequentar a escola, num outro tipo de histeria.
Podemos apagar do dicionário surto, vaga, testagem?
Podemos cingir-nos ao plano nacional de saúde e às vacinas que tomamos há anos, sem medo de coágulos?
Podemos respirar o mesmo ar sem medo e tocar nas mesmas coisas?
Podemos?
Tenho uma piada (piadita) em relação a esta fase da pandemia.... ao descofinamento...
cá vai: espero que não seja ejaculação precoce....
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