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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Gosto tanto das receitas do casal mistério.
Aquela coisa do "só vai precisar..." e a gente prepara-se para ler três ou quatro ingredientes, mas afinal saem-se com "fruta pão, figo da índia, tâmaras medjol ou lá o que é, aveia liofilizada, manga de Moçambique, tomilho limão, abacate dos Açores, folhinhas de hortelã rosa e sei lá mais o quê", coroado por um magnífico " se quiser saber as quantidades vá ao sítio e depois o link para a página onde está a receita original, geralmente inglesa ou americana, com as quantidades em pounds ou outra medida qualquer, que aquela malta é alérgica aos kilos e aos gramas .
(o prémio para título do ano)
Estou, para já, condenada a uma alimentação baseada em cozidos e grelhados sem gordura.
Na semana passada, comi muito peito de frango cozido (iac) ou grelhado.
Esta semana, andei mais pelo peixe. É preciso ter muita imaginação quando se está preso a um determinado tipo de dieta.
Hoje, ao jantar, enquanto o resto da malta se empanturrava de pizza, até comi bem.
Cozi no vapor uma posta de salmão e umas batatas aos gomos. Até aqui nada de novo. Fiz um molho com iogurte natural magro, alho picadinho e coentros. Barrei a posta de peixe com ele e salpiquei as batatas. Muito bom. Lembrei-me de ti, Mula. É uma cena que se faz em 10 minutos, sabe bem e não engorda.
Nas vésperas de descermos ao Algarve fui com o M. a Coimbra. Ele foi fotografar uma blogger / doceira para a revista dos produtos Amanhecer.
Gosto de ir com ele, por vários motivos, entre eles conhecer pessoas novas envolvidas em trabalhos interessantes e desta vez não foi exeção. Se calhar, já muita gente ouviu falar na Mafalda Agante, do blog "Há alguém mais gulosa do que eu", mas eu não fazia ideia de quem era.
Chegámos a Coimbra um pouco antes da hora marcada e o M. foi partilhando comigo as ideias que tinha para as fotografias.
A Mafalda chegou uns minutos atrasada, com sacos e caixas, desculpou-se muito, visivelmente aborrecida consigo por nos ter feito esperar, ainda que tenha sido por pouco tempo, e começou a "montar" a sua loja com os bolos que tinha trazido para serem forografados juntamente com a própria.
A lojinha onde vende os seus doces e outros tradicionais, vindos de vários pontos do país, é pequenina, mas de muito bom gosto, assim como a louça onde os apresenta.
A Mafalda, à nossa frente, foi dispondo os doces que trazia, enquanto o M. ia fotografando tudo o que podia, exeto a doceira. Todas as ideias que o gajo tinha para a fotografar eram postas de lado, a Mafalda não queria ser fotografada. Eu comecei a passar-me um bocado, estava cheia de fome, ver passar diante de mim toda uma série de doces e não os poder comer mais a atitude da rapariga já me estavam a deixar mal disposta. Saí de cena e fui dar uma volta. Lanchei umas cenas saudáveis e regressei à loja.
O M., falando disto e daquilo, fotografando daqui e dali, já tinha feito grande parte das fotografias que tinha levado na cabeça fazer. Afinal, a Mafalda era apenas uma rapariga que acha que fica mal em todas as fotografias e o fotógrafo foi-lhe dando a volta, conseguindo fotografias giras.
No final, arrumámos o material e estávamos prontos para sair quando a Mafalda nos perguntou o que queriamos lanchar. Atenção, ela não perguntou se queriamos lanchar. Fez-nos sentar na única mesinha que existe no interior da loja e, com gosto e orgulho, foi-nos dando a provar TODOS os doces que são feitos por ela que nós conseguimos comer. Nunca comi um toucinho do céu tão bom. Ainda me babo quando me lembro da orgia de doçaria que para ali houve.
E, quando achávamos que era tempo de ir embora, começou a pôr em caixas fatias de TODOS os outros doces que não conseguimos comer na loja.
Que tarde extraordinária.
Eu já não tenho a certeza de quem comentou quem primeiro, atrevo-me a pensar que foi ela a primeira a vir aqui ao caixote, dada a minha reticência em comentar em sítios alheios. Uma miúda do Porto, a lidar com a vida, cheia de sentido de humor e com textos honestos.
Nunca nos vimos pessoalmente, mas tornámo-nos assíduas no blog uma da outra. Coisa estranha, isto dos blogs, porque, embora não a conheça, sinto uma ternura especial por ela. Aqui há uns dias, enviou-me uma mensagem pedindo a minha morada.
Ontem, na caixa do correio veio um presente dela, que se deu ao trabalho de, sem me conhecer fisicamente de lado nenhum.
Coisa estranha isto dos blogs, que nos leva a sentir afeição por pessoas que não conhecemos.
Obrigada, Isabel, Meninamulher.
Não gosto quando aqueles blogs que leio há anos, ainda que tenham deixado de escrever de forma assídua há anos, desaparecem.
Fico sempre com uma sensação pequenina de orfandade.
Entre escolas, casa, arrumos e ginásio, jantar e essas coisas todas que se fazem, não arranjei tempo de qualidade para vir aqui agradecer à Mula o convite que me fez para contar uma história de uma música que eu ouvi. Saiu assim uma coisa muito aparvalhada, mas houve quem lhe achasse piada, vá-se lá perceber o sentido de humor das pessoas....
Obrigada, Mula, pelo convite.
... fui votar num dos vídeos do casamento de sonho da pipoca mais doce.
"Fui conhecer a Marrocos", disse eu à Titi.
"Foste?!"
Sim. Respondi.
E acrescentei: "só vou conhecer pessoas que eu sinta, aqui dentro, que serão boas de conhecer."
E acho que não me enganei.
Como ganha a vida o Casal Mistério?
Quando for grande quero ser uma Ela.
Nem preciso de estar casada com um Ele, que por acaso estou, dadas as minhas tendências heterossexuais.
Da Sandra! É bom! vão ver!
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