Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Faz saltar a barriga e usa-a para empurrar. faz conta que não se passa nada
faz piadas com o nome que aquela escola católica deu ao secretariado de exames (Sex)
dá para fazer muitas piadas
imagina que na tua escola resolvem atribuir o mesmo nome ao ditocujo e todas as piadas que podes fazer junto dos teus colegas, alguns professores das tua filhas
então, hoje foi Sex o dia todo? o Sex dá uma trabalheira, não dá? o Sex da escola não está a funcionar bem, quem está no Sex este ano? e por aí adiante
As doenças sexualmente transmissíveis são assim chamadas - transmissíveis - porque passam, única e exclusivamente, entre as mulheres. Não há homem que as tenha e que, por via de as ter, as passe às mulheres.
As gravidezes, já agora, são também da responsabilidade exclusiva da mulher, que circula pela vida a recolher esperma alheio, à revelia do macho.
Senhor Doutor médico de família, ensine as suas doentes a controlarem os ímpetos sexuais e a não angravidarem. Ou então, deixe-se lá disso de permitir IVGs só porque a paciente "pede". Continue também a não solicitar exames de diagnóstico de problemas provocados por relações sexuais desprotegidas. Assim, as possíveis doenças sexualmente transmissíveis não aparecem nas suas fichas, a sua reputação (do sr. dr.) não é manchada.
Em relação aos seus doentes machos, deixe-os lá andar livres e soltos. Afinal isto das consultas de planeamento familiar é só para mulheres. Os homens não planeiam nada, a gente já sabe. Boys will be boys, não é?
Todos os dias acho que tenho covid, lá vou eu medir a temperatura, afinal nunca passa dos 36,5.
Todos os dias me sinto um nadinha mal, ora é a garganta, ora é a coluna ou as artroses dos dedos das mãos,
este mês até o senhor período achou por bem aparecer uns valentes dias mais tarde, para dar um ar da sua desgraça, o que me levou a fazer xixi para um pauzinho, assim como quem não quer a coisa, só para despistar e ter a certeza de que podia continuar a beber o meu copo ao jantar.
os putos (alguns) andam mais amorosos que o costume e esta semana que passou encheram-me de prendas (desenhos e recortes).
Ainda não pensei em prendas de natal, em calendários, em nada que diga respeito à época, finjo tão bem não ver as decorações e iluminações que não as vejo mesmo, embora tenha achado muita piada ao facto de terem posto uma máscara no focinho da ovelha que aquece o menino, no presépio da terrinha. só a ovelha merece máscara, os outros bem que podem andar aí a espalhar o vírus. Não sei que mensagem é que isto passa à população, que entretanto anda louca com as bleque fraideis que estão aí a chegar.
Eu podia dizer que não tenho tempo para me coçar, mas era mentira, porque tenho, e uso-o para fazer isso, coçar-me ou ir arrumar as almofadas dos sofás pela milésima vez ou apanhar a roupa que secou e arrumar a cozinha do lanche que daqui a pouco são horas de jantar.
Passo os dias sentada ao computador, com um olho no #estudaemcasa, outro na mais nova e um terceiro que vamos fazer de conta que existe (não o do c*) e vou ver a mais velha que montou a escola no quarto e emerge para brincar um bocadinho ou meter comida na boca. Passo os dias a responder a mails e a ver fotos manhosas de páginas dos manuais (que não pedi, mas já que os pais se disponibilizaram a fazer eu não consigo ignorar), a contabilizar quem está a dar notícias e quem não está, para enviar mais mails para responder depois.
Nos intervalos dos mails tenho ideias para apresentar a matéria aos miúdos em modo à distância, mas depois descubro que não consigo fazê-lo porque não domino as ferramentas necessárias para o fazer. E quando descubro quais são e tento descobrir como usá-las o meu computador entra em modo arrastadeira e não saio do sítio. E o pior é à noite: passo-a toda a "explorar" a dita aplicação, o cérebro não desliga e acordo ainda mais cansada.
Ponto giro destas semanas que foram as primeiras do ensino à distância em modo oficial (porque na verdade estamos assim desde 16 de março): falar com os putos nos meetings desta internet fora. Depois de umas quantas sessões online já dominam netiquette e portam-se muito bem. Ontem quase me vinham as lágrimas aos olhos ao ver uma turma espalhada pelo éran, todos de micros desligados à espera. E quando lhes dei ordem de soltura e eles puderam falar uns com os outros! A loucura.
E ontem à tardinha, os nossos coordenadores foram aos grupos de trabalho do whatsapp dar uma de relações públicas, foram agradecer o empenho e blá blá blá de todos, desejando um bom fim de semana de descanso, que é merecido. Descanso? onde? Se às oito da manhã já eu estou na cozinha a pensar no trabalho que ainda me falta fazer para pôr a próxima semana de aulas a andar?
Se passei a noite toda a explorar o flipgrid a a tentar fazer screencasting com o sreencastify?
(não sabem o que é? estudassem!)
Hoje é 25 de Abril. Daqui a pouco ponho a Grândola a tocar, choro mais um bocadinho e logo à tarde furo o confinamento para ir dar uma volta com duas pessoas que não são do meu agregado familiar. Não hei-de apanhar covid e os putos hão-de agradecer não ter trabalho de inglês, se for caso disso.
Diz que a peça é para estrear hoje. Tenho tudo pronto exceto o texto na minha cabeça. O ensaio geral foi a cagada do costume. Serviu para chorar a rir, valha-nos isso, com toda a cagada que conseguimos fazer. Odeio escrever no telemóvel, não vejo bem o que estou a fazer, se houver erros a culpa é dele. As miúdas estão bem, obrigada. Estou no Porto, mesmo ao pé do estádio do dragão. Só logo à tarde é que tenho de ir para o local do espetáculo. Os sapatos que tenho de usar são uma tortura, acho que vou ficar corcunda à conta deles, já para não falar que não ajudam a criar a postura de freira drogada que era suposto ter. Olha, que se lixe. Seja o que for. Merda para logo.
Como se não fossem suficientes as ferramentas que eles têm ao seu dispor para se magoarem, triturarem, torturarem e manipularem uns aos outros, ainda lhes damos telemóveis onde criam grupos de whatsapp, onde se incluem uns aos outros e excluem de forma aleatória ou com base nos seus preconceitos e ignorâncias típicas da idade, criando traumas pessoais e sociais cuja fatura nós, pais, vamos ter de pagar, mais tarde ou mais cedo.
Em psicólogos ou em mais culpa para carregar.
Tirem-lhes os telemóveis, pôrra!
Ontem, vinha a ouvir uma entrevista à Nelida Piñon e ela disse uma cena extraordinária, ou melhor, recordou uma coisa extraordinária que a mãe lhe tinha dito aos sete anos de idade: que ela, a miúda Nélida, era um ser muito inteligente, mas que não sabia falar. A miúda Nélida ficou a pensar naquilo, sem compreender exatamente o que a mãe queria dizer.
Então, a mãe explicou-lhe que o ato de falar era um milagre e que ela, a miúda, deveria lembrar-se disso de todas as vezes que quisesse fazer uso da capacidade de falar. Que falar sem ter a certeza de que se é compreendido é não saber fazer uso do milagre de usar a palavra.
E eu fiquei a pensar nisso. Porque não sei se alguma vez terei dito ou sequer se terei a sabedoria de dizer algo tão simples e tão verdadeiro a qualquer uma das minhas filhas.
Não vi os óscares, não vi nenhum filme nomeado (ahahaha, nem nomeado, nem por nomear, não vi mesmo nenhum filme!) e estou-me a cagar para os vestidos.
We drank a whole bottle of wine.
God knows where it will take us. The fact I'm writing in English is some how proof of what alcohol can do to you on a Friday evening.
Alcohol and chilli.
And a Friday evening.
And the will to revive lost feelings.
Either that or finish harry potter and the deathly hallows...
who knows.
Telha de fim de tarde. Eu.
Se pudesse, se fosse mais miúda (de idade, que de tamanho eu sou) estava neste momento aos pontapés a uma parede.
Bons os tempos em que fazia body combat. Tanta porrada imaginária que dava (toma, seu cabrão que não me deste passagem à saída do estacionamento, toma cabra que me passaste à frente na fila do supermercado...)
Telha.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.