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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Eu sei que os temas do momento são, sem qualquer ordem de importância, o frio; o Covid (deixem-me só ir ali buscar um saco para vomitar) e a invasão do Capitólio a mando do pedaço de Trampa, perdão trump, mas este local é meu e não me apetece falar de nada disso. Primeiro, porque não tenho nada a dizer que seja novo, segundo porque o objetivo do local e da sua recente desprivatização é expor com mais ou menos pormenor aquilo que faz o meu dia a dia. Eu sei que, em última análise, todas as coisas que acontecem no mundo vão mexer com a minha vida, mas na corrida de todos os dias, essa influência vai passando pelos pingos da chuva, tal como eu e a minha família vamos passando pelos mesmos pingos e ainda não apanhámos o vírus ( e pumba, já escrevi sobre o Covid!).
A ideia era escrever sem me censurar, sobre aquilo que me apetecesse, mas acabei por não escrever praticamente nada, enquanto havia malta a "chatear-me" para continuar a escrever de forma pública.
Assim, para fazer a vontade a esses pedidos regressei.
Mais coisas num próximo post, que este já vai longo e chato.
mas que faz toda a diferença para o descanso da minha alma, no meio de milhões de textos que expressam desejos e aspirações para o novo ano: não exprimo desejos, tenho dificuldades em fazê-lo, de facto, porque nos tempos que correm, e no meio da desta corrida que pretende ser vida, só me importa saúde, trabalho, família e amigos.
O resto virá com a corrente.
(nesta semana que chega ao fim, eu e o M. só tivemos tempo para dirigir um ao outro "bom dia" e indicações do que era preciso fazer para pôr o dia a andar... anseio por uma hora de conversa e mimo conjugal)
Em reflexão: balanços que tenham algum resultado final visível (o que foi bom, o que foi mau, o que quero manter, o que quero mudar), sem fazer disso muito alarido.
Em reflexão: que outros usos posso dar a este blog, para além de caixote do meu lixo mental.
Em reflexão: que atitudes pequeninas me podem ajudar a ter mais paciência com as minhas filhas e assim cumprir os desafios do desafio "berra-me baixo".
Em reflexão: assumir que o que faço profissionalmente pode ser divertido, se mantiver uma postura que o permita e começar a trabalhar em casa para que tal aconteça.
Tenho muitos touros para continuar a enfrentar e o mais cornudo sou eu, com a minha inconstância e o meu pessimismo.
Gosto das férias de natal e de encontros com pessoas que gostam da vida e do que fazem com a sua vida. Chamemos-lhes fontes de inspiração.
Não me posso esquecer de ir lendo e relendo baby blues nos próximos tempos.
Quando as miúdas entrarem na idade estúpida, também não me posso esquecer de ler e reler os zits todos de uma ponta à outra. Se calhar, vou começar a abastecer-me.
O M. ontem comprou um corretor de imperfeições. Para ele.
Hoje, fiz barre terre e uma aula aberta de pilates.
Hoje, tenho um peso no peito. Vou atribuí-lo ao fim das férias.
Tu concentra-te, Gabriela, tu concentra-te!
Três coisas: às miúdas, tu vais ceder mais nas coisas pequeninas, para que depois nas grandes, a coisa seja verdadeiramente sentida. Tu foca-te, foca-te;
vais berrar menos com as miúdas; tu toma atenção;
vais sair do trabalho e vais deixar as merdas do trabalho lá no trabalho! Não vens para casa a pensar no puto que não esteve com atenção, na mal educada que não sabe estar calada nem dar respostas... tudo fica lá. Focus, focus.
Vá, agora vai lá à tua vida.
Para dar cumprimento à minha resolução de novo ano, vou para uma esplanada ler o livro que ando a reler (Milagrário pessoal, do Agualusa) em vez de ir aspirar a casa.
Tenho dito.
A minha resolução para estes tempos que aí vêm é apenas a de relativizar o que de mau acontece e aproveitar todas as merdinhas boas que acontecem, por mais pequenas que sejam, como o dia de hoje, cheio de sol.
Tenho dito.
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