Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Guieeelaaaa! grita ela da varanda, espreitando pelas grades.
Guieeelaaa, aqui! e faz o gesto com a mão.
A Guiela (que sou eu, bem entendido) ali fica, a fazer palhaçada, atrás de palhaçada, só para ouvir gargalhadas deliciosas e gritinhos de satisfação da miúda.
Houve dias, durante o confinamento, em que a gargalhada da júlia era o meu antidepressivo, tomado a meio da tarde, o meu energizante para continuar, depois, agarrada aos meus afazeres de professora em ensino à distância.
Fez dois anos, a júlia, na semana passada. Nesse dia só deu maco (o Marco, bem entendido).
Em estando as miúdas, só dá maía e guimá (maria e guiomar, bem entendido).
E as borboletas boas na minha barriga? tantas!
Fiz anos na semana passada. O rui e a rita acolheram-nos lá em casa para celebrarmos, baixinho, para não acordar a júlia.
Sinto uma alegria enorme por sermos assim acolhidos e por sorrirem com gosto, quando me passam a bebé para o colo dizendo "vai à tia gabriela". É que nem sei descrever as borboletas que me voam pela barriga.
A Mr. ganhou um prémio do mítico concurso "Uma aventura literária" e no início de junho vai a Lisboa, à feira do livro. É uma mãe babada que deixa este registo para memória futura.
Babada porque foi ela que (obrigou) insistiu com a miúda para ela escrever uma crítica ao livro.
Babada porque a miúda obedeceu e saiu uma coisa jeitosa. Disseram-nos que "quem sai aos seus..."
Passamos meses sem nada, a chuchar no dedo, que não vemos ninguém, que não temos família aqui, que os fins de semana são uma pasmaceira e, de um momento para o outro, temos a casa cheia.
Este fim de semana foi de primos, dos de sangue e dos outros. Eu gosto de ter a casa cheia. Lido melhor com a confusão desses dias, maior do que a dos outros, mas especial porque as miúdas têm companhia, mantém laços e nós também.
Vou para a cama cansada, mas feliz. E, por mim, todos os fins de semana eram de primos. Venham eles de onde vierem, sejam ou não de sangue.
Na semana passada, estive com a menina. Saí da escola em passo de corrida (a acelerar pelo ic9) e encontrámo-nos na vila. Tomámos um café, conversámos um bocado, como se nos conhecêssemos de fora, pessoalmente. Dizer isto assim acho que já diz muito. Cena engraçada, esta da blogolândia.
Descobri o soporífero mais rápido e eficiente: ouvir a leitura silabada e lenta de uma miúda que aprendeu recentemente a ler.
Passámos o fim de semana em Belmonte, com a tia Ci e a R. Continuo a sentir borboletinhas na barriga quando ouço um "tia" saído da boca dela.
Caloraça! Estamos a fazer figas para que venham cá elas no próximo fim de semana.
Ouvi-la lá longe "tia"
sim, é para mim, sou eu a tia.
Crescem-me borboletas na barriga.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.