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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
O puto gritou qualquer coisa que eu não ouvi e ela mandou-o lixar.
- Mr! que foi, porque mandaste o miúdo lixar-se?
E depois ouvi: Mr! és não sei quê, não sei quê e ninguém gosta de ti" e ela mandou-o lixar-se outra vez. A minha vontade foi sair do carro e pregar dois tabefes àquele puto, mas deixei-me ficar.
Dei-lhe "autorização" (porquê as aspas? porque ela me perguntou se podia e eu disse que sim) à miúda para fazer piretes àquele puto ranhoso que está sempre a chateá-la.
"podes, mas tens de garantir que não há nenhum adulto a ver."
Depois disse-lhe que o melhor mesmo era pura e simplesmente ignorar e partilhei com ela aquela cena de os rapazes da minha turma do 5º ano me chamarem arroz de cabidela, porque rimava com Gabriela. Durou uns dois ou três dias, porque eu ouvia-os gritar "cabideeeelaaaa", "cabiiiideeelaaaaa", mas fazia de conta que não, seguia o meu caminho (lixada por dentro, mas fazendo de conta que tô nem aí, tô nem aí, ainda esta música não tinha aparecido, só uns bons anos depois, que não sou assim tão idosa).
Ensinar aos miúdos que se devem defender, e que essa defesa pode passar apenas pelo desprezo, não é errado, pois não?
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