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Mais um caixote para atirar para lá a tralha que anda para aqui perdida.
Ontem, calámos vencemos o coro de protestos das miúdas e fomos dar uma volta, depois do almoço.
Quando eu era miúda chamávamos-lhe "a volta dos tristes" e era de facto uma volta dos tristes. Metiam-nos no carro e andávamos uma horita sem destino definido, eu enjoava, lutávamos pelo território dentro do carro, berrávamos uns com os outros, os meus pais berravam connosco e chegávamos a casa prontos para enfrentar uma nova semana de escola e de trabalho.
Estas voltas que damos com as miúdas não são tristes para nós, os pais, mas já imagino a Mr. daqui a uns anos a escrever no blog dela (ela diz que vai ter um) que aos domingos fazia uns passeios bué da chatos com os pais.
Adiante, ontem fomos passear até Ansião. Defendo que as nossas voltas não são tristes porque incluem um lanche e um destino com conteúdo. Quando eu era miúda, lanchávamos o pão com manteiga e o leite com suchard express do costume, e o pão era do dia anterior, que naquele tempo não se fazia pão ao domingo e estava tudo fechado.
Adiante, fomos ver os moinhos de Santiago da Guarda depois de lanchar em Ansião, que não tem nada para ver, mas tem homens em estado avançado de necessidade de olhar para mulheres desconhecidas e tirar-lhes o talho.
Tirámos fotografias mas tudo com o telémovel do pai, por isso a única que posto aqui é uma indecentemente sacada a um senhor brasileiro chamado Nelson António Mendes, do endereço http://www.panoramio.com/photo/13232498
A vista é deslumbrante e vale a pena subir ao sítio da Melriça. Estes moinhos são feitos de madeira e giram sobre si mesmos para aproveitar o sabor do vento. Demos uma lição de economia cerealífica às miúdas e acho que foi aí que a volta de transformou na volta dos tristes.
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